28 de outubro de 2018

THE HAUNTING OF HILL HOUSE VALE A PENA?


Fala galera do Porão Literário, hoje trago pra vocês uma review de uma das séries mais comentadas no momento, The Haunting of Hill House é a nova aposta da Netflix para os fãs de terror, composta por dez episódios, a série tem gerado muitos comentários pelo seu conteúdo bem impactante, recebendo elogios de Stephen King (que apontou a direção da série como genial) e da crítica especializada. Mas... será que vale a pena? Confira abaixo!

Confesso que devorei a série, assistindo os dez episódios de um dia para o outro, e minha análise não poderia ser mais satisfatória, mas antes vamos ao enredo básico da história. 

No verão de 1992, Hugh e Olivia Crain se mudaram temporariamente para uma antiga mansão, Hill House, junto com seus cinco filhos: Steven, Shirley, Theodora (Theo), Luke e Eleanor (Nell). Eles experimentam ocorrências paranormais e perdas trágicas, forçando-os a sair de casa. Em outubro de 2018, 26 anos após as assombrações, os irmãos Crain e seu pai, Hugh, se reencontram depois que a tragédia ataca novamente, forçando-os a confrontar seus demônios internos de sua infância compartilhada enquanto lamentam suas perdas.

Para começar, talvez tenha gostado tanto da série justamente pelo elemento surpresa que ela foi, não conhecia a história e nem sabia que a série estava sendo desenvolvida pelo Netflix, apenas vi o seu ícone entre tantos outros e dei uma olhada no trailer pra ver se ia me interessar. Ao assistir o trailer não fiquei tão empolgado, mas decidi dar uma chance pelo fato de eu amar séries de suspense. Enfim, comecei a assistir e já fui fisgado no primeiro episódio. 
O interessante dessa série é que não é um protagonista-mor, todos os cinco irmãos (junto com a mãe e o pai) da família Crain são desenvolvidos com maestria, talvez esse aprofundamento tenha dado certo devido a dinâmica da série, onde os cinco primeiros episódios focam em um irmão/irmã por vez, trazendo arcos mais "fechados" com ligações que poderão ser feitas mais para frente. A história tem dois núcleos, os irmãos quando crianças morando na residência Hill e o elenco adulto, com cada um levando sua vida após os eventos traumatizantes que os fizeram sair da mansão.

No primeiro episódios somos introduzidos ao irmão mais velho, Steve, que usou toda a experiência na casa para escrever livros, se tornando um escritor de suspense famoso. Os conflitos entre os outros irmãos (principalmente com Shirley) por escrever sobre os traumas de infância são bem explorados em um  estilo bem Shakespeariano (seja pelo afastamento do pai após o suicídio de sua esposa ou conflitos entre os Crain). Porém os egos e dores do passado são postos a prova quando Nell também comete suicídio. 
Daí a série parte para explorar como os personagens lidão com a dor, o luto e o trauma, nos levando a conhecê-los mais enquanto assombrações do passado trazem um elemento mais sombrio a série. O ponto forte pra mim foi esse, aqui nenhum susto é "a toa", todos tem um significado para a história. Não espere se assustar logo nos primeiros minutos, mas acredite, os sustos virão. 

A direção técnica também me impressionou muito, especialmente no sexto episódio, onde o diretor nos oferece ótimos planos sequências que me lembrou muito alguns filmes de Roman Polanski (principalmente Deus da Carnificina, por tratar de dramas familiares). O quinto episódio também me deixou muito impressionado, com algumas revelações das quais eu não estava esperando. 

O modo de como as duas histórias (do elenco infantil e adulto) se entrelaçam é extremamente coesa, nenhum detalhe é colocado na série de forma errônea, tudo faz sentido em determinado momento, por exemplo, temos cenas em que estamos no ponto de vista de Steve conversando com sua mãe, Olivia. No ponto de vista do Steve (que é introduzido primeiro), ficamos muito confusos a respeito da ação de Olivia, entretanto, quando a mesma conversa é reencenada pelo ponto de vista da mãe, entendemos mais sobre o que aconteceu. 

 A série tem fortes chances de ser indicada na temporada de premiações, principalmente com Carla Gugino (Olivia), por Melhor Atriz. Carla fez um trabalho impecável em cada cena que ela surgia. No geral, a série foi uma das melhores surpresas que eu já tive e facilmente entra como melhor série que eu assisti nesse ano. Já assistiu? Deixe seu comentário aí, caso não tenha visto corre pra ver! 

8 comentários:

  1. Olá,

    Ainda não assisti a série e nem sabia de sua existência, então já fiquei bem curiosa depois do seu post. Parece ser o tipo de produção que vai fisgar o telespectador e o fazer devorar cada episódio com afinco. Saber que você gostou me deixa bem animada e não vejo a hora de assistir também. Adorei o post!

    Beijos!

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  2. essa serie é maravilhosa de verdade amei

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  3. Ainda não assisti essas série, estava vidrada na Sabrina,vou iniciar nesse fim de semana.

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    Respostas
    1. Sabrina foi outra que eu amei! Tem post aqui no blog sobre ela também

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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