19 de junho de 2019

RESENHA: O HOMEM DE LATA


O Homem de Lata
Autor: Sarah Winman

Editora:
 Faro Editorial
Páginas
: 160 páginas
Resenha escrita por:
 Leonardo Santos 

Em 1963, Ellis e Michael eram dois garotos de doze anos que se tornaram grandes amigos. Durante muito tempo, sempre foram apenas os dois, andando pelas ruas de Oxford, um ensinando ao outro coisas como nadar, descobrir autores e livros e a esquivar-se dos punhos de seus pais dominadores. Até que um dia algo muito maior que uma grande amizade cresce entre eles. Mas então, avançamos cerca de uma década nesta história e encontramos Ellis, agora casado com Annie, e Michael não está mais por perto. O que leva à pergunta: o que aconteceu nos anos que se seguiram? Esta é quase uma história de amor. Mas seria muito simples defini-la assim.
Fala galera do Porão Literário, tudo bem? Hoje eu trago a resenha de um dos livros mais lindos que andei lendo nos últimos tempos, seu título é O Homem de Lata, publicado pela Faro Editorial, não conhecia muito sobre a obra antes de pedir na parceria, mas ao ler a sinopse fiquei bem interessado justamente por trazer um romance LGBTQ com um enredo bem interessante bem no #PrindeMonth, vamos conferir?

Leia o restante abaixo!


O ano é 1996, Ellis é um personagem um tanto enigmático e tem uma rotina um tanto quanto pacata entre sua casa e seu trabalho em uma fábrica, no entanto, após um quase acidente de bicicleta Ellis começa a trazer várias memórias do seu passado a tona, relembrando seus amores e momentos em que foi extremamente feliz ao lado de sua mãe, Michael e Annie. 

Mas agora, quem são esses personagens? Sarah Winiman vai tecendo as características de cada um deles conforme vamos explorando o passado de Ellis, desde sua paixão nata por arte que foi herdada por sua mãe (com um fascínio incrível pelos quadros de Van Gogh), Ellis vai se tornando uma pessoa mais complexa ao analisarmos seus medos, desejos e esperanças. 
Virou na direção das luzes da fábrica de automóveis e seguiu até a oficina de pintura. Estava com quarenta e cinco anos, e todas as noites se perguntava para onde esses anos tinham ido.
Mas creio eu que o principal fio que conduz a vida de Ellis é o amor, seja o fraternal ou passional. Falando em paixão conhecemos Michael, Ellis o conhece durante a infância e logo tornam-se inseparáveis, é quase que lírico analisar as memórias de Eli e Michael, principalmente quando a mãe do protagonista entra em cena, o dinamismo funciona muito  bem entre os personagens e com certeza te faz querer ler mais uma página. 

Eli vai tecendo muito bem suas memórias e como vamos conhecendo os personagens, Michael me conquistou muito pelos seus traços e sua personalidade, principalmente por conseguir me colocar muito em seu lugar em vários momentos! Dito isso conhecemos Annie, uma mulher visionária que acaba se relacionando com Eli e torna-se grande amiga de Michael. 

Conforme eu lia o começo de O Homem de Lata, já fui desenhando alguns traços que como a narrativa poderia ser desenvolvida, mas confesso que fiquei bem surpreso com o resultado final por não ser exatamente o que eu esperava (e esse é um ponto extremamente positivo). 

Voltando a ideia de que me identifiquei muito com o personagem do Michael, O Homem de Lata te faz pensar muito sobre o tipo de relacionamento que temos com as pessoas, se damos o valor que essas relações realmente merecem e como podemos fazer para que elas não sejam esquecidas. É muito verossímil a relação construída, seja pelos seus altos como pelo seus baixos, e é aí que mora a magia da narrativa. 

A edição da Faro está incrível, a capa possui tons que chamam sua atenção, com detalhes em alto relevo, maravilhosa! Os detalhes e cuidados na diagramação da edição é um espetáculo a parte! Tentei fazer uma resenha menor para conseguir centralizar melhor minha ideia sobre o livro (que também é pequeno). Espero que tenha gostado e que tenha gerado um interesse em ler o livro, porque acreditem, vale muito a pena conhecer e se apaixonar a história de Ellis.

14 comentários:

  1. Quando vi o título O Homem de Lata a primeira coisa que me veio foi o Mágico de Oz. A edição pelas fotos está bem caprichada.

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    1. Tem bastante referências ao mágico, muito obrigado pelo acesso <3

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  2. Oi,tudo bem ?

    Não conhecia o livro, mas a proposta já me chamou a atenção , assim como sua resenha mostrou bem os pontos altos pelo seu ponto de vista . Muito bom saber que você se identificou com o personagem chegando até ir montando seus traços, isso só prova o quão boa é essa indicação.

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  3. Adorei a dica! Parece ser muito lindo e perfeito para ler nessa época mesmo.

    Vou até adicionar à minha lista de desejos.

    Obrigado pela recomendação ❤

    ______
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  4. Ainda não tinha ouvido falar desse livro, mas amei a indicação e sua resenha me deixou ainda mais interessada, já coloquei na minha lista e também adorei a edição e a capa.

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  5. Olá,

    Não conhecia a obra antes da sua resenha, mas já fiquei extremamente interessada, pois sou apaixonada por obras que abordam essa representatividade LGBTQ+. Pelo que narrou, seria uma história que me prenderia facilmente. Adorei!

    Beijos!

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    1. Sim, também amo histórias que evidenciam a representatividade, vale muito a pena a leitura

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  6. Nunca ouvi falar desse livro, mas sua resenha me deixou curiosa para saber mais da obra. Obras que saem da mesmice são muito bem vindas.

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  7. Achei o livro muito bonito, gosto da narrativa, soa diferente e meio curiosa ao mesmo tempo. Seria um livro que eu iria gostar de explorar. Acho que já vale pela temática e pela representatividade. Abraços!

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

Equipe do Porão

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