RESENHA: O MISTERIOSO CASO DE STYLES

O MISTERIOSO CASO DE STYLES 
Autor(a):  Agatha Christie 
Editora: Globo Livros

Páginas: 288

Ano de publicação: 2017

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Quando mr. Hastings encontra seu velho conhecido John Cavendish casualmente e aceita seu convite para passar uma temporada na enorme e isolada casa de campo de Styles, não imagina a misteriosa trama que o espera. Mrs. Emily Inglethorp, madrasta de John e Laurence Cavendish, herdou a propriedade de seu marido e tem todo o controle sobre patrimônio da família. Seu segundo marido é Alfred Inglethorp, vinte anos mais novo, cujo passado é nebuloso, o que causa enorme apreensão nos filhos de mrs. Emily e nos demais moradores de Styles. A tensão na propriedade chega ao limite quando mrs. Emily é encontrada trancada em seu quarto nos últimos estertores e morre com o nome de seu marido nos lábios.
Morte natural ou envenenamento? Quem além de seu marido teria interesse em sua morte? Como ela pode ter sido envenenada? Para responder a todas essas perguntas, mr. Hastings, velho amigo de Hercule Poirot, pede autorização à família para chamar o excêntrico detetive belga. O astuto e simpático detetive analisa as evidências, entrevista testemunhas e o leitor vai seguindo seus passos a partir da envolvente narração de mr. Hastings. E a ele fica o desafio: diante de provas desconexas, testemunhos duvidosos e inúmeras reviravoltas, como o sagaz Poirot irá desvendar esta imbricada trama onde ninguém é exatamente o que parece.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O Misterioso Caso de Styles, lançado pela editora Globo Livros. O livro é de autoria de  Agatha Christie e tem tradução de Ive Brunelli

 A história tem início quando o  capitão Arthur Hastings aceita passar algumas semanas na casa da família de seu amigo de infância, John Cavendish. Hastings se anima muito com a ideia pois não vê se amigo a muitos anos e aquela seria uma oportunidade perfeita de relaxar. E assim, pergunta para o amigo sobre sua vida desde que os dois se distanciaram. 

Mr. Hastings então descobre que John tem uma madrasta, a Mrs. Emily Inglethorp, e ela é detentora de toda a fortuna da família desde a morte de seu marido (e pai de John), o amigo de Hastings garante que a mulher é muito generosa e nunca deixa nenhum dos membros da família ou agregados passar por quaisquer necessidades. 

Ao chamar no casarão, entretanto, o jovem nota uma tensão no ar, isso porque Emily Inglethorp está casada com um homem de passado extremamente duvidoso, muitos dos membros da casa (incluindo a criadagem) acredita que Alfred Inglethorp só se casou com Emily por conta do dinheiro, mas poucos tem coragem para dizer isso a matriarca. 

Tudo parece chegar ao seu ápice quando Emily é encontrada em pura agonia em seu quarto, convulsionando! Devido ao forte barulho causado pela mulher, todos vão ao seu quarto e presenciam os últimos instantes de  Mrs. Emily Inglethorp. Entre suas últimas palavras são enunciadas o nome de seu atual marido, Alfred. 

Todos ficam extremamente chocados com a morte repentina da mulher, a polícia é chamada, no entanto  Arthur Hastings tem uma ideia melhor. O homem é amigo do notório detetive Hercule Poirot, que, por enorme coincidência, estava hospedado em uma casa próxima a da família Cavendish! Arthur não hesita em chamar o detetive para guiar uma investigação, afinal, quem teria matado Mrs. Emily Inglethorp?

Bom galera, pra início de conversa vocês já devem saber que eu sou MUITO fã da Agatha Christie, né? Pois bem, pra mim foi uma experiência incrível eu poder ler seu primeiro romance e notar todas as características que fazem da Agatha a rainha do crime! Essas características já se acentuavam em sua primeira obra (escrita em 1916), como o controle na  inserção de vários personagens suspeitos, um crime enigmático e com diversos finais possíveis, evolução de seus personagens secundários... Tudo está presente em Styles.

Por mais que este seja o primeiro thriller da Agatha, não foi meu primeiro livro lido da autora, na verdade foi o terceiro! Minhas experiências anteriores (O Assassinato no Expresso do Oriente e Assassinato no Campo de Golfe) foram boas, mas esse livro se tornou meu favorito até agora. 

Isso porque a abordagem dele é mais clara, um problema que eu apontei na resenha do livro Assassinato no Campo de Golfe foi a inserção de MUITOS personagens, isso fez com que eu ficasse confuso em alguns momentos, tentando relacionar quem era quem, em Styles não tive esse problema, pelo contrário, cada um dos personagens tem uma característica própria e você consegue reconhecê-lo facilmente conforme vai se encaminhando para o final da história. 

Bem, um bom suspense não vale de nada sem um final interessante, não é mesmo? Bom, Agatha nos estrega um final extremamente coeso e satisfatório. Grande crédito disso se dá por conta do nosso detetive, sim, o Hercule Poirot. 

Por ser o primeiro romance da Agatha eu pensei que ela nos mostraria o primeiro caso de Poirot, mas não! Nessa história ele já é um famoso detetive, eu achei isso legal, pois já que a autora diz que esse indivíduo é tão brilhante, bom... ela tem que mostrar o porquê ele é tão brilhante, né? E ela mostra, Poirot brilha nas páginas seja pelo seu comportamento "lunático" como pela sua habilidade de dedução. Agatha realmente abraçou narrativas como Sherlock Holmes e Detetive Dupin para construir seu próprio mundo. 

Bom, acho que essa leitura é OBRIGATÓRIA para quem curte thrillers policiais/investigativos. Mal posso esperar para ler todos os livros dessa autora!