Autor(a): M.P. Neves
Editora: Independente
Páginas: 328
Ano de publicação: 2020
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Máscaras para os Mortos é uma fantasia sombria. Uma história onde a magia e o horror caminham lado a lado. Em um continente devastado por um cataclismo mágico, nações fragilizadas lutam para se reerguer, enquanto forças ocultas entram em rota de colisão pelo domínio dos restos de uma terra arrasada. Hakim, um jovem guerreiro, foi escolhido pelos altos sacerdotes para ocupar o lugar do Deus-Rei de Var Khalad. Vestindo a armadura e as máscaras de um deus morto, ele precisa defender o império contra monstros anfíbios conhecidos como abissais. Aos poucos, percebe que a maior ameaça a seu povo talvez venha dos próprios sacerdotes. Moira, uma jovem dos clãs bárbaros do Povo das Cinzas, perdeu tudo o que amava para o fogo divino de Var Khalad. Em sua busca por vingança, ela encontra o poder da necromancia. Estaria disposta a pagar o preço que ele exige? Na encruzilhada entre os caminhos de Moira e Hakim, repousa o destino de um continente.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Máscaras para os mortos, lançado de forma independente. O livro é de autoria de M.P. Neves.
Situado em um continente assolado por uma espécie de explosão mágica da qual devastou diversas terras e reinos, as sociedades que restavam procuram reerguer seus impérios das cinzas. A partir daí nós conhecemos Hakim, um jovem guerreiro do exército de Var Khalad.
Esse exército luta em nome do Deus-Rei, uma figura de poder milenar que rege todo aquele reino, místico e o mais próximo do que aquele povo conhece como uma religião, o Deus-Rei sempre está vestido com sua armadura dourada e alguma de suas máscaras, sendo assim, o rosto por trás daquelas famosas gravuras não é conhecido pelos seus seguidores.
Hakim então é escolhido pelos altos sacerdotes do reino para ser o Deus-Rei de Var Khalad após o detentor anterior da máscara morrer. Em seu novo status de poder, Hakim se depara com um grande jogo político, afinal além dos inimigos do reino (compostos por exércitos de anfíbios gigantes) estarem praticamente na porta de Var Khalad, existem outros perigos muito mais próximos ao novo Deus-Rei.
Em contrapartida nós conhecemos Moira Brunehald, herdeira de um dos clãs do Povo das Cinzas, Moira tem sua vila atacada e tudo aquilo que ela conhece é destruído pelo fogo. No entanto, durante o conflito a menina acaba se distanciando de sua irmã mais nova... Antes de conseguir procurar por ela, Moira acaba perdendo a consciência e acorda quilômetros de distância da vila da qual morou.
Moira então conhece dois irmãos, Sev, uma espécie de contrabandista daquelas terras; e Morsov, um necromante extremamente habilidoso. A missão dos irmãos é desconhecida para Moira, entretanto ela sabe que eles irão precisar passar pelas terras da qual conhece de olhos fechados. Um acordo é estabelecido: Eles ajudam a encontrar sua irmã e ela os guia pelas terras assoladas pela magia.
Bom galera, eu já tinha falado um pouco sobre o que estava achando da narrativa no meu post de primeiras impressões, mas ao terminar o livro "Máscaras para os mortos", consegui me amparar mais para falar sobre essa dark fantasy com vocês! Primeiramente eu gostaria de parabenizar o autor pela escrita, ela é muito bem construída (principalmente nos trechos de batalha), e nos conduz muito bem a esse universo fantástico desde o início.
Dito isso, grande parte do potencial de uma história são seus personagens, nesse livro nós temos uma série de personagens bem interessantes! Os capítulos são divididos entre dois pontos de vista: o de Moira e o de Hakim. Nesse primeiro volume acabamos conhecendo mais sobre Moira, talvez porque sua narrativa não seja tão "complicada" quanto a de Hakim, sua jornada não é tão política e por isso acabei me afeiçoando mais a ela.
Todavia, Hakim tem muito potencial! Gostei muito de ver os primeiros contornos em seu passado como guerreiro e a forma como sua visão vai se alterando conforme ele vai conhecendo mais sobre seu ofício como Deus-Rei. A evolução do personagem no livro é clara e constante, o que me deixou muito feliz pois ele não é um governante burro ou ingênuo, pelo contrário! Temos em seu núcleo bons personagens secundários (como a própria Liriel), que ajudam a dar mais camadas ao protagonista.
Já sobre a narrativa em si, ela te prende desde o começo! O autor consegue estabelecer conflito e cenas de batalha de tirar o fôlego já nos primeiros capítulo. Como esse tom é estabelecido desde o começo, tive alguns problemas com relação ao ritmo da história quando cheguei no terceiro ato da narrativa (o final).
Isso porque como já tivemos diversos momentos de ação, (é até recorrente longos períodos sem a inserção de diálogos), acredito que tenha se perdido um pouco do clímax para uma ação que fosse marcar mais o final da primeira parte da história.
Foi uma impressão minha, que pouco atrapalhou no desenvolvimento da história! Inclusive estou MUITO ansioso pela continuação, pois quero conhecer mais desses personagens e dessa mitologia da qual o autor criou seu mundo! Principalmente sobre toda a construção em torno da necromancia (que tem grande foco nesse primeiro livro) e o uso da taumaturgia!
Por sorte o autor já está finalizando o segundo volume! Aguardarei ansiosamente
Leo!
ResponderExcluirPelo que entendi, o livro traz um mundo querendo ser reconstruído, com personagens fortes e toda uma mitologia adorável de acompanhar, bacana.
cheirinhos
Rudy
Uma fantasia cheirando a distopia! Puxa, difícil encontrar trabalhos onde o casamento dos dois gêneros seja assim, tão completo!
ResponderExcluirMesmo com esse "defeitinho" das partes com muita ação e outras bem paradinhas, confesso que estou muito curiosa para conhecer esse universo tão rico e personagens, idem!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Empolgada com sua animação!
ResponderExcluirEscrever uma boa fantasia não é pra qualquer um, ainda mais uma como Máscara dos Mortos com uma vibe na distopia e muita acaj
Conheci esse título por você e estava esperando a resenha. Como sempre, muito bem escrito, você consegue passar a sua real empolgação com a obra. É uma boa leitura para adentrar no mundo da fantasia
ResponderExcluir@yasmindeciles