Autor(a): Lionel Shriver
Editora: Intrínseca
Páginas: 148
Ano de publicação: 2021
Compre através deste link.
Em um futuro próximo e devastador, quatro gerações de uma família norte-americana outrora próspera sofrem as consequências de crises globais assustadoramente reais. Uma guerra fria de escala mundial reestrutura a ordem socioeconômica do planeta, criando novos eixos de poder. A União Europeia se desfaz, a China enfim é alçada ao posto de maior potência global e o longo período de prosperidade dos Estados Unidos chega ao fim. Da noite para o dia, o dólar despenca e, além do valor, perde também seu prestígio: uma nova moeda internacional, o bancor, chega para substituí-lo. Florence Mandible sofre as consequências desse cenário como uma típica representante da classe média. Uma cabeça de repolho passa a custar 20 dólares, o racionamento de água torna-se padrão e o ritual matinal já não inclui mais café – a mudança climática arruinou as safras – nem jornais, já que todos deixaram de existir. Sem escolha a não ser acolher os familiares sob seu teto – parentes que, assim como ela, dependem da herança do saudável patriarca da família, Douglas Mandible, de 97 anos –, Florence logo se torna responsável pela administração de um ecossistema familiar muito frágil, suscetível às mais dramáticas pulsões da natureza humana – como furto, alcoolismo e abandono de incapazes. Em A família Mandible: 2029 – 2047, Shriver narra os percalços de um típico clã norte-americano moderno e, como a guia experiente de um safári humano, conduz o leitor por detalhes muito íntimos da psique de seus personagens. Ambientada em um futuro que já se vê dobrando a esquina, a saga dos Mandible é o retrato de um apocalipse menos catastrófico, mas igualmente perturbador: a completa ruína financeira.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A família Mandible lançado pela Intrínseca O livro é de autoria de Lionel Shriver.
O ano é 2029 e os Estados Unidos estão passando pela pior crise financeira da história. A situação é de puro caos, a água tornou-se um bem extremamente valioso e a inflação em cima dos alimentos e itens de necessidade básica são absurdos, além disso o desemprego está em alta e a taxa de pessoas desabrigadas aumenta cada vez mais. Como se não fosse suficiente, uma nova moeda surge no mercado, o Bancor. Com o dólar já desvalorizado, o futuro do país parece cada vez mais incerto.
Nisso, nós conhecemos a família Mandible, mais especificamente Florence, uma mãe de classe média que se vê cada dia mais desesperada com a hipótese de perder tudo o que tem por conta dessa crise. A família Mandible, no entanto, tem um conforto que muitas das famílias norte americanas não possuem, isso porque o patriarca da família é extremamente rico. Com 97 anos de idade, Douglas Mandible fez uma fortuna no ramo literário, todavia suas riquezas ficam centradas ao seu redor, deixando seus parentes sofrerem com a crise que cada vez aumenta.
Logo, não é muito difícil imaginar que fotos da família queiram que Douglas morra de vez para colocar as mãos no dinheiro - que já está desvalorizado -, e conforme novas medidas de um governo já instável começam a entrar em prática, Florence teme pelo seu futuro e de seus filhos.
Bom, vamos lá! Minha curiosidade para ler esse livro começou desde quando ele foi enviado através do Intrínsecos, clube de assinatura da editora Intrínseca! Tinha gostado bastante da sinopse justamente por trazer um cenário financeiro tão macabro que se assemelha muito as distopias que estamos costumados a ler. Um outro fator interessante é a autora, gosto muito do trabalho de Lionel Shriver (de Precisamos falar sobre Kevin) e de sua escrita, por isso solicitei o título assim quando ele saiu.
A leitura do livro não é extremamente fluída, isso porque o cenário em que somos jogados possuí suas particularidades que demoramos um pouco para nos acostumar. Com relação aos personagens a autora foi bem inteligente, isso porque ela foi introduzindo eles aos poucos, assim dava tempo de nos acostumarmos com a inserção. A partir de certo momento do livro conhecemos todos os Mandibles, suas vivências e seus problemas, logo, é importante prestar atenção na particularidade de cada um.
Uma coisa que me assustou bastante no livro foi o quão próxima essa realidade está, não pra gente, mas em uma questão global mesmo. A autora é bem certeira em utilizar essa narrativa com um humor ácido e extremamente sarcástico, principalmente por colocar a narrativa em 2029 - cem anos depois da maior crise financeira dos Estados Unidos.
Uma narrativa importante, ácida e assustadora, A família Mandible tece um futuro que choca por ser real demais. E mesmo com uma narrativa longa (que poderia ser condensada em algumas páginas a menos, na minha opinião), Lionel consegue nos prender durante todo o seu percurso.
Então Léo rs
ResponderExcluirEu estava muito animada com esse livro, até sim, por trazer isso da crise econômica, a família, as brigas, mas aí as resenhas começaram e citam muito a dificuldade do enredo fluir e li até da falta de sentido em muitos momentos.
Acho que dei uma desanimada rs
Beijo
Angela Cunha/O Vazio na flor
Leo!
ResponderExcluirAcredito que nosso Brasil está mais próximo do que acontece no livro do que pensamos... Quanto ao livro, bem acredito que seria interessante ver o lado mais pessoal de cada personalidade e os por quÊs de cada um...assim entenderíamos melhor.
cheirinhos
Rudy
Acompanho blogs e igs literários e as opiniões se dividem sobre o livro.
ResponderExcluirEu particularmente não me encantei com a sinopse