19 de junho de 2021

RESENHA: CRIANÇAS DA GUERRA

 

CRIANÇAS DA GUERRA

Autor(a): Viola Ardone
Editora: Faro Editorial

Páginas: 240
Ano de publicação: 2021
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A DESCONHECIDA HISTÓRIA DAS CRIANÇAS DO PÓS-GUERRA. Em 1946, Amerigo, aos 6 anos de idade, parte num trem com centenas de outras crianças para viver por algum tempo com uma família do norte. Foi a forma que o governo encontrou para livrar os pequenos da miséria que assolou o sul depois dos efeitos catastróficos da Segunda Guerra Mundial. Amerigo é pobre, mora em Nápoles com a mãe Antonietta. Ela, então, decide oferecer ao filho a oportunidade de uma vida melhor por um tempo: escola, comida, saúde. Viola Ardone apresenta a história de um garoto enviado para um ambiente desconhecido, sem esconder nenhum aspecto dessa nova experiência, respeitando a dolorosa “duplicidade” da vida de Amerigo: a perda da mãe e a derrota da fome; as raízes cortadas e a nova serenidade; a indigna insegurança e a proteção “artificial” imposta, mas, ao mesmo tempo, providencial. Amerigo nos transporta para uma Itália que acaba de sair da guerra. Narrando a separação e também a descoberta de um mundo novo, cheio de oportunidades, ele se vê diante de dois horizontes e deseja fazer suas escolhas. “O período pós-guerra é uma mina de histórias não contadas.”

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Crianças da Guerra, lançado pela Faro Editorial. O livro é de autoria de Viola Ardone. A resenha foi escrita por Stephanie Sandim.



“Fico de cócoras no banco do trem, aperto as pernas com as mãos. Muitas lágrimas quentes descem pelas minhas bochechas e entram na boca. São salgadas e estragam a lembrança do sabor do chocolate.”

Neste livro vamos conhecer o pequeno Amerigo de 6 anos, que mora em Nápoles com sua mãe Antonietta; o livro se passa em 1946 após a Segunda Guerra Mundial, então conhecemos uma Nápoles bem destruída e pobre.

Amerigo é nosso protagonista e podemos conhecer a história com base nos seus olhos, ele é um garoto inteligente e deixa bem claro que não é ladrão, sempre contando os pares de sapatos dos outros e sonhando com um par para ele que sejam novinhos e que não fiquem apertados em seu pé. Nós vemos a dificuldade de Amerigo em meio ao mundo do pós-guerra e de sua mãe, Amerigo ajuda sua mãe pegando trapos pelas casas da vizinhança, para sua mãe consertar os trapos e vendê-los para assim ter algum dinheiro para comer.


O tempo vai passando e as coisas vão piorando, uma oportunidade única surge para a mãe de Amerigo, mandar o filho num trem que o levará para o norte da Itália, aonde poderá ter uma vida melhor por um tempo.

“Melhor ter sonho ruim do que pesadelo acordado.”

Apesar dos rumores de que as crianças que entrassem no trem seria mortas, virariam escravas ou seriam arrancadas suas mãos e língua, dona Antonietta manda o pequeno Amerigo no trem; no dia de sua partida Amerigo vê que o trem está lotado e apesar do medo, ele vai de cabeça erguida para uma vida nova.

Chegando ao norte da Itália, Amerigo conhece um novo mundo, com sua nova família, ele vivenciará uma fartura, bons amigos, roupas novas, sapatos que lhe cabem, uma escola onde seu conhecimento é reconhecido e ele conhece a música, que muda a sua vida.


Apesar de estar em uma nova vida, Amerigo ainda pensa em sua mãe, eles ainda trocam cartas e seu coração não se esquece daquele mundinho em que viveu e seu coração começa a ficar dividido e ele terá que decidir com quem quer ficar no fim.

“As mulheres devem se unir para melhorar as coisas.”

Este livro é uma história ficcional baseada no acontecimento que teve na Itália, onde uma medida do governo italiano de criar o Trem da Felicidade, que estima-se que na época mais de 70 mil crianças foram transportadas para o norte da Itália. O livro é narrado pelo nosso protagonista que nos cativa desde o começo, Amerigo é um garoto que vemos crescer e nos apegamos a ele; suas escolhas e sua nova vida nos leva a várias aventuras, você se vê presa no livro e não consegue parar de ler. A escrita de Viola Ardone é simplesmente incrível e linda, nos emociona do começo ao fim.

Um comentário:

  1. Livros que se passam na guerra ou pós guerra são de grande interesse por mim. Fiquei bem emocionada com o enredo dessa ficção, baseada em um fato real e fiquei agoniada para ver como será o final.
    cheirinhos
    Rudy

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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