8 de janeiro de 2022

RESENHA; BTK - MEU PAI

 


BTK - MEU PAI 
Autor(a): Kerri Rawson
Editora: DarkSide Books

Páginas: 354
Ano de publicação: 2021
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Uma família como muitas outras, repleta de irmãos, tios, tias, avôs e avós. Uma infância emoldurada por brincadeiras, acampamentos, pescarias, almoços, aniversários e comemorações felizes e inesquecíveis. Mas tudo muda em um dia quando Kerri Rawson, uma jovem professora de ensino fundamental, recebe a visita de um homem de terno que se apresenta como “agente do FBI” e descobre que uma das pessoas que mais ama em sua vida é também um dos mais cruéis serial killers da história. Vamos mergulhar juntos em um relato de vida assustador, conduzidos pela própria filha de um homem que foi capaz de esconder de todos quem ele era. Kerri Rawson compartilha todos os detalhes de sua chocante descoberta e a verdadeira dor em admitir que ela não era mais a filhinha de Dennis Rader e, sim, a filha do sádico assassino em série BTK. BTK: Meu Pai, de Kerri Rawson, é o corajoso livro de memórias da mulher que precisa carregar para sempre a alcunha de “a filha do BTK”. Nesta obra, a autora encara com bravura o trauma, a desolação e a tristeza de amar de forma profunda e incondicional um homem brutal, sádico e maligno. Para a autora, a discrepância é inaceitável entre o pai que a levava para pescar e para caminhadas no Grand Canyon e o assassino torturador que vitimou tantas mulheres conhecido como BTK, um acrônimo em inglês para Bond (amarra), Torture (tortura) e Kill (mata). Segredos, carinhos e memórias podem ser manchados pelo sangue dos atos horrendos de seu pai? O leitor vai tirar suas próprias conclusões ao acompanhar as dúvidas, as angústias, a revolta e a redescoberta da esperança de Kerri, em um texto honesto e impactante.



Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro BTK- Meu pai lançado pela editora Darkside Books. O livro é de autoria de Karri Rawson e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 

Pra quem não conhece BTK é uma pseudônimo criado pelo serial killer Dennis Lynn Rader, Dennis começou a atuar na metade de década de 70 e logo se tornou o pesadelo da cidade de Wichita, no estado de Kansas. O próprio Dennis se deu o nome de BTK, que é uma sigla para bide, torture and kill (em tradução ficaria amarrar, torturar e matar). Tal sigla era exatamente o que eu homem fazia as suas vítimas, que variavam entre mulheres, homens e até crianças. 

Desde o seu primeiro assassinato, em 1974, o jornal local Wichita Eagle tratou de noticiar todas as especifidades do caso, isso aproximou Dennis do veículo, sendo que no mesmo ano o assassino manda uma carta para a redação do jornal com seu nome de serial killer. Desde o primeiro caso até a captura do homem (trinta anos depois), o papel dos jornalistas no caso do serial killer mais famoso de Kansas foi essencial para a sua prisão. Mas afinal, quem era BTK? 

Dennis Lynn Rader aparentemente era um homem comum, casado e pai de um casal de crianças, o homem tinha forte influência na comunidade e era membro da igreja do bairro. Visto como um homem de família trabalhador e devoto a Deus, poucos poderiam acreditar nos desejos e vontades que passavam na cabeça de Dennis. 

Entre todas as pessoas, sua família era a última a desconfiar que morava com um assassino, entre eles a filha de Denis, Kerri Rawson, e é ela quem escreve esse livro. 

Narrado do ponto de vista de Kerri, uma das coisas que eu mais me surpreendi durante a leitura desse livro foi em como passamos nossa vida jurando conhecer alguém, até algo maligno acontecer e, então, a verdadeira face da pessoa ser colocada à luz. Em 2019 eu li o BTK lançado pelo CrimeScene, selo de true crime da editora Darkside, e a história de Denis é assombrosa, de fato.

Agora leio sobre este mesmo homem com uma nova perspectiva, uma bem mais pessoal e intensa no que se diz a respeito da personalidade de Dennis Lynn Rader. Se na biografia anterior nós temos uma visão jornalística da jornada do serial, aqui nós entramos na sala de jantar da família e comemos com o assassino, e esse ponto de vista é extremamente cruel e bem construído. 

Kerri consegue mesclar uma narrativa sentimental, pessoal e ao mesmo tempo objetiva; e acredito que esse seja o maior potencial dessa história. sem dúvidas existe uma onde excessiva de 'glamou capitalista' em cima dessas histórias tão macabras, por isso fiquei meio receoso de começar a ler esse livro a achá-lo desnecessário - feito só para vender mesmo, mas fui supreendido positivamente.

isso porque kerri amplia muito seu discurso, falando também sobre como está sendo seu processo de superação a respeito dessa notícia - que com certeza mudou toda sua noção de realidade -, sobre métodos de terapia para estabelecer uma zona confortável em sua saúde mental... O maior potencial da obra está aí, colocando o famoso serial killer de lado e focando em todos aqueles que foram afetados por seus atos, mas principalmente como tentar se recuperar desses atos. 

O livro é incrível, de verdade! Merece ser lido com calma e foco, tirando seu devido tempo para olhar nas notas do final do livro e também nas fotos que tornam a edição digna de qualquer lançamento da linha CrimeScene! 


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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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