MODERNISMOS 1922-2022
Autor(a): Vários Autores
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 896
Ano de publicação: 2022
Compre através deste link.
Neste volume, organizado por Gênese Andrade e com ensaios inéditos de José Miguel Wisnik, Lilia Moritz Schwarcz, Walnice Nogueira Galvão, Regina Teixeira de Barros e outros vinte e cinco pesquisadores, é instigante perceber como temas e questões que envolvem a Semana de 22 não se esgotam. Revisitar aqueles dias de fevereiro envolve avanços e recuos, novas perguntas e respostas em aberto numa reflexão centenária que gira em torno de antecedentes e desdobramentos, sobre os quais não há consenso. Do diálogo com o pensamento feminista, que ecoa nas herdeiras da Antropofagia que marcam a literatura e a música contemporânea, à representação e representatividade do negro na produção artística do período; das reflexões sobre a força do design gráfico de livros e revistas de vanguarda à controversa relação de Tarsila do Amaral com a moda parisiense; das relações dos modernistas com a política à apropriação da temática indígena em algumas de suas principais obras. Os textos reunidos neste livro têm como objetivo trazer para o debate as manifestações e as obras artísticas modernistas, reconhecendo suas virtudes e controvérsias, as relações com seu contexto político, social e cultural de produção e recepção, com o mesmo vigor que moveu seus protagonistas.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Modernismo 1922-2022 lançado pela editora Companhia das Letras. O livro é de autoria de Vários autores e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Conforme olhamos pra história é impressionante ver como alguns ciclos parecem se repetir, seja por bem ou por mal. Qualquer estudante ou entusiasta em desbravar acontecimentos de décadas passadas consegue ver alguns loopings repetitivos no que se trata de marcos na história humana.
Em 1922, a humanidade estava se recuperando de um vúris da febre amarela, que se alastrou em nível pandêmico pro todo o globo e trouxe um dos pontos máximos da discussão sobre vacinação (com a revolta da vacina, por exemplo) e condições sanitárias em diversas cidades do Brasil.
Cem anos depois, em 2022, enfrentamos outra pandemia... Dessa vez relacionada ao COVID19. Além disso, comemoramos o centenário da semana de arte moderna, data que é sempre relembrada pelos professores e estudiosos enquanto estamos na escola, por vezes, estudamos a Semana de Arte Moderna por obrigação, carecendo de seu real sentido e impacto na sociedade artística brasileira.
Em um compilado de 29 ensaios a respeito da Semana de 22 (como ficou conhecida), O livro "Modernismos 1922-2022" nos brinda com diversas perspectivas de autores e estudiosos a respeito dessa semana tão importante, e principalmente quais foram as consequências desse encontro realizado no Theatro Municipal do Anhangabaú.
O livro é completo e amplia um estudo que já é muito profundo com novas visões. Já no ensaio que abre o livro, intitulado "São Paulo em movimento: a cidade no modernismo e o modernismo na cidade" já temos uma percepção do quão impactante foi o evento para São Paulo, Brasil e todo o mundo.
Um dos ensaios que eu mais gostei desse vasto arsenal é o "As mulheres da Semana de 22 e depois", da Regina Teixeira de Barros! O panorama que a autora traz é incrível e eu conhecia pouco sobre a perspectiva que ela evoca em seu estudo!
Entre tanto conteúdo, eu indico fortemente a leitura do livro (que deve ser feita aos poucos, até por trazer um conteúdo teórico mais forte). O legal é que você pode pegar o exemplar e dar uma analisada no sumário, procurando os ensaios que mais te interessarem - seja pela temática ou por genuíno interesse!
.jpeg)
.png "DARK SIDE")
.png "SEBO CLEPSIDRA")
