ARIADNE
Autor(a): Jenniffer Saint
Editora: Planeta Minotauro
Páginas: 352
Ano de publicação: 2022
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Ariadne, a princesa apaixonada pela luz da manhã e pela beleza da dança, cresceu ouvindo histórias de deuses e heróis. Mas essas histórias, contadas pela aia do castelo do grande rei Minos, não eram os únicos sons que ecoavam pelos corredores do palácio dourado: abaixo, muito abaixo das opulentas galerias, vindos dos cantos mais obscuros de um labirinto, os urros de um monstro demandavam sangue. E esse monstro era seu irmão, o Minotauro. Quando Teseu, jovem guerreiro e príncipe de Atenas, chega disposto a derrotar a terrível criatura, Ariadne enxerga uma saída nos belos olhos verdes do herói. Desafiando a ira dos deuses, traindo a própria família e arriscando sua vida por amor, Ariadne ajuda Teseu a matar o Minotauro. Em um mundo em que mulheres parecem ser meros peões nas mãos de homens poderosos, será que a decisão de Ariadne a levará ao final feliz que ela tanto deseja? Ou a ambição de seu amado a conduzirá à ruína?
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Ariadne lançado pela Planeta Minotauro. O livro é de autoria de Jenniffer Saint e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Ariadne, a princesa que amava a beleza da luz da manhã e da dança, cresceu ouvindo histórias de deuses e heróis. Mas essas histórias contadas pelas donzelas do castelo do grande rei Minos não eram as únicas vozes que ecoavam nos corredores do palácio dourado: lá embaixo, nas esplêndidas galerias, vinham os rugidos dos cantos mais escuros do labirinto onde monstros precisavam de sangue.
E esse monstro é seu irmão, o Minotauro.
Quando Teseu, um jovem guerreiro e príncipe de Atenas, chega para derrotar a temível criatura, Ariadne vê uma saída nos belos olhos verdes do herói. Ignorando a ira dos deuses, Ariadne traiu sua família e arriscou sua vida por amor ao ajudar Teseu a matar o Minotauro.
Em um estilo de narrativa que me lembrou Margaret Atwood em "A odisseia de Penélope" e Madeline Miller em "Circe", a escrita de Jennifer Saint é precisa em modernizar um conto clássico e mudar a perspectiva. Todos nós conhecemos a lenda do labirinto, ou ao menos que um minotauro corre pelos corredores deste labirinto em busca de suas vítimas até o momento em que um herói astuto o mata.
Em "Ariadne", no entanto, temos uma subversão do protagonismo; nele, a irmã do minotauro (uma figura secundária nos contos antigos) ganha o protagonismo e, além de tudo, uma voz. Nisso, a princesa de Creta serve como uma ampliação para tratar de uma série de temas e questões contemporâneas.
Ariadne cresceu em um ambiente isolado, apenas tendo a companhia de sua irmã Fedra e horas de ócio e esquecimento, tudo muda conforme o famoso Teseu se aproxima, e com ele, talvez, uma liberdade da qual Ariadne pode sentir - mas não tocar.
O sentimento de ódio e ranço a alguns personagens torna-se inevitável, isso porque nos confrontamos com diversas injustiças e dores que Ariadne passa por toda a narrativa, mas ao mesmo tempo a narrativa de Saint é potente e lírica, o que torna tudo muito mais poético e intenso.
Eu amei e estou doido para conhecer outros livros da autora, essa pegada de releitura com certeza está sendo incrível e mal posso esperar para ler outros livros da temática!