RESENHA: ANIQUILADA

 

ANIQUILADA
Autor(a):  Nathália Pena
Editora: Viseu

Páginas: 569

Ano de publicação: 2022

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Verena é uma jovem garota eleita para governar o país. Do alto de seu Palácio Branco, a jovem aspira ao sucesso em seu mandato, apresentando grandes planos para mudar o destino da nação. Seus planos se alinham perfeitamente, exceto por uma coisa: situações estranhas e perdas de memória são recorrentes em seu dia a dia e a intrigam.Sua vida, então, muda do avesso quando a jovem é sequestrada por um grupo de pessoas que a auxiliavam no Palácio Branco. Verena descobre que toda sua vida era uma farsa e que sua memória vinha sendo apagada constantemente para que ela fizesse o que os representantes do governo quisessem.Ao longo de sua jornada de descoberta, Verena, junto com os irmãos Conrado e Adriel e os amigos Katashi e Kalani, vai enfrentar diversos perigos e se deparar com o medo por não saber em quem confiar. Uma realidade muito diferente do outro lado dos muros do Palácio Branco lhe espera nesta aventura.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Aniquilada: O mundo já é outro lançado pela Viseu. O livro é de autoria de Nathalia Pena e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

"Não sou feita para receber ordem, sou feita para criá-las. E não há nada nesse mundo que me fará pensar diferente."

Verena Greco foi eleita ainda muito jovem para governar o país. O ano é 2025 e a jovem regente tem muitos planos para melhorar o local onde ela governa. Do Palácio Branco, no entanto, Verena começa a notar coisas estranhas acontecendo consigo mesma. 

Entre elas, Verena não consegue se lembrar de várias coisas que aconteceram a pouco tempo e tem longos lapsos de memória. Seu guarda Conrado e conselheiro, Adriel também não conseguem ajudá-la. 

Até que em uma tarde comum, Verena descobre tudo aquilo que ela se lembra e que constituí o seu real é uma mentira. Uma ilusão criada pelo Conselho para fazê-la seguir tudo o que eles querem sem reclamar.

Seus lapsos de memória na verdade duram dias e até mesmo semanas, onde a figura mais importante do país está assinando decretos e gravando mensagens para estimular os conflitos entre os Puros e os Mestiços, para então reforçar a diferença social daquele território. 

Verena, então, foge do castelo e descobre que algumas pessoas de sua equipe orquestraram sua fuga, para que ela visse que fora do Castelo Branco tudo é caos e conflito. Assim, Verena passa a desbravar a cidade e descobrir que tudo o que acreditava era uma mentira. 

Gente, que história incrível! Pra vocês terem ideia, tudo isso acontece apenas nas primeiras páginas! O rimo de tensão e descobertas em "Aniquilada" se dá de forma constante, ao virar de toda página! 

No primeiro arco do livro descobrimos um pouco mais sobre a realidade da qual se passa a história, isso conforme vamos conhecendo melhor os personagens principais (como a Verena, o Adrian e o Conrado) assim como outros que se integram ao grupo da antiga governante, como Kalani e Katashi. 

Todos os personagens são incríveis, é impossível não se apaixonar por Adrian, não rir com Katashi e não detestar (nem que seja um pouco) a Kalani. Todos eles oferecem um fôlego incrível para a narrativa e é muito divertido vê-los na estrada, já que um dos objetivos do grupo no começo é levar Verena até Tálios. 

A principal jornada, no entanto, ocorre dentro da mente de Verena. Descobrir que sua vida é uma ilusão e que quase todas as suas memórias são falsas deve ser bem doloroso, ver a menina lidar com isso conforme resgata suas memórias verdadeiras é um processo poderoso! 

O livro é grande, sendo que no formato digital ele possui quase que 600 páginas, mas a leitura transcorre de forma tão energética e com tantos acontecimentos que quase não notamos isso! 

Além disso, o arco final no apresenta um antagonista a altura de todo o livro e cria um clímax muito bom para possíveis continuações! Mal posso ver a hora da Nathália Pena publicar o próximo volume de "Aniquilada", mas até lá fica a indicação! 

"A esperança é bem-vinda quando realista, não ilusória"