Autor(a): Priskila
Editora: Viseu
Páginas: 327
Ano de publicação: 2022
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No país de Abstrayrid, onde o poder é vitalício e o novo líder é definido por ferro e sangue, uma nova geração de guerreiros lutará por seus ideais e contra si mesmos em uma guerra de corpo e mente, na intenção de trazer a nova Era
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Almas perdidas lançado pela Viseu. O livro é de autoria de Priskila e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Abstrayrid está prestes a entrar em guerra. Com a morte do antigo líder de um país onde não se vota para eleger um representante, mas se toma o poder através de ferro e sangue, três esquadrões começam a se preparar para conseguir o poder supremo para si.
De um lado, nós temos Jeany Asdok, a líder do esquadrão nascente. Considerada a parte rebelde de toda a Abstrayrid, Jeany deseja acima de tudo acabar com o regime autoritário que rege todo aquele país.
A comandante Nyx, líder do Esquadrão Ametista, é uma mulher extremamente inflexível e que deseja, acima de tudo, o poder (agora vago). Além das duas, nós conhecemos a enigmática figura de Fantasma, líder do esquadrão de aço. Fantasma possui uma relação antiga e antagônica com Jeany, e com o prelúdio de um guerra cada vez mais iminente, essa conturbada relação sofrerá diversas mudanças.
Bom pessoal, nesse resumo da história que eu coloquei logo acima eu destaquei os três personagens principais e todas as forças que eles regem durante a guerra que ficará conhecida como "Guerra das Almas Perdidas". E toda a articulação que temos nesse livro se assemelha muito as movimentações de peças em um jogo de xadrez.
No entanto, aqui temos personagens que formam uma oposição constante uns com os outros o tempo todo. Uma das coisas que eu mais gostei na leitura do livro da Priskila é em como eles formam alianças, quebram, traem aliados e surpreendem inimigos o tempo todo! Todo capítulo dessa história guarda algumas surpresas e e impossível não se chocar com alguma delas.
Além disso, os personagens são extremamente tridimensionais e complexos. Eu gostei muito do fato de que não temos ninguém que seja cem por cento vilão ou cem por cento herói nessa história! Por mais que tenha gostado mais de Jeany, a personagem também tem seus próprios interesses e motivações, e muitas das vezes eles acabam não sendo 'totalmente éticos' ou morais.
Ainda sobre Jeany, disse acima que ela tem uma relação com Nash (ou Fantasma) e, muitas das cenas que eles protagonizam são incríveis! As cenas dos dois transborda química naquele jogo de flerte e ódio (coisa que eu amo!!!), e acompanhar todo o desenvolvimento dos dois é incrível.
Além disso, todo o clima distópico e cruel de Abstrayrid é ampliado ao máximo nesse livro. Essa história em muito me lembrou "A esperança", terceiro volume da série "Jogos vorazes", por ter esse lado político aflorado e super bem desenvolvido sem com que a história perca sua fluídez.
A respeito do final, ele também me recordou o que eu senti no final de Jogos Vorazes: aquela sensação agridoce. Não vou falar muito sobre ele para não dar spoiler, mas senti que a autora foi bem coerente ao escrever esse final e, em muito, ele condiz com a obra toda!
Fica aí minha indicação para quem quer se aventurar em uma ficção distópica com vááárias cenas de ação e batalhas que remetem muito a um medieval-moderno!