Organizadores: Otávio Couto
Editora: Novos Ases
Páginas: 105
Ano de publicação: 2023
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“Arquétipos Inconsciente de Versos Anônimos”, primeiro livro de Otávio Bastos, o leitor irá se deparar com uma série de poemas que podem ser interpretados em conjunto com toda a obra ou isoladamente. Isso, porque a obra traz ao leitor experiências vividas pelo autor e expressadas por meio de versos. Tais expressões podem proporcionar identificação do leitor com tais experiências, porém a constituição de si e a forma de sentir e se projetar no mundo proporcionará a cada leitor uma interpretação única.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Arquétipos inconscientes de versos anônimos lançado pela editora Novos Ases. O livro é de autoria de Otávio Couto e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
"Arquétipos Inconsciente de Versos Anônimos", a obra poética e Otávio Bastos, mergulha nas profundezas da mente humana, explorando em seus poemas diversas complexidades do inconsciente por meio de versos cuidadosamente tecidos. As histórias que o autor traz nesses poemas alguns arquétipos – essas imagens primordiais e universais – que sustentam a essência de todas as coisas do mundo.
Talvez seja isso que torne o livro de Otávio tão universal: os sentimentos e reflexões dos quais ele traz podem ser compartilhados (e até mesmo vivido) por todos nós. Desde o título, o autor nos convida a uma exploração do desconhecido, do oceano inexplorado da mente humana em todas suas complexidades. Concedendo a nós o quanto iremos nos aprofundar.
"Dorme, dorme, dorme...
A noite é clara.
Mais clara que a noite
É a madrugada,
Cheia de místico certo do escuro do céu,
Carregado de ideias e melodias...
Das músicas perdidas
Dos sentimentos da vida"
Esse poema, "Improviso Noturno", me pegou de jeito porque parece tão real. É como se o autor estivesse sussurrando os pensamentos que todos nós temos quando estamos sozinhos à noite, tentando criar alguma coisa. A vontade de escrever, mas as palavras simplesmente não vêm, é algo que todos já sentimos em algum momento. A imagem do frio tomando conta e congelando até as rimas é tão vívida, quase dá para sentir na pele.
O trecho sobre o "túmulo de paz e tristeza" é tão poderoso. Parece falar sobre aceitar a tristeza como parte da paz, uma dualidade que todos enfrentamos. E essa ideia de coragem e gentileza adormecidas, representadas pelas rosas e acordes, mostra que mesmo quando nos sentimos bloqueados, essas qualidades ainda estão lá, apenas esperando para florescer novamente. A repetição da palavra "dorme" traz uma sensação de tranquilidade, como se o poeta estivesse tentando se acalmar.
O talento de Bastos reside não apenas na habilidade de articular sentimentos complexos, mas também na capacidade de tornar essas emoções acessíveis e tangíveis para os leitores. A beleza desta obra não reside apenas na habilidade técnica do autor, mas também na autenticidade com que ele aborda a saudade, , a paixão, a melancolia...
"Arquétipos Inconsciente de Versos Anônimos" é mais do que um livro de poesias; é uma jornada emocional. Recomendo este livro de todo o coração, pois ele é verdadeiramente uma obra-prima poética que permanecerá na memória dos leitores muito depois de terem virado a última página.