RESENHA: FOGO DO CÉU

 

Organizadores:  Mary Renault

Editora: Faro Editorial

Páginas: 352

Ano de publicação: 2023

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Uma trilogia de Alexandre, o Grande A coragem e a força de Alexandre já eram notórias bem cedo, e foi ainda em sua infância que ele aperfeiçoou os dons de influência para se tornar o grande Rei da Macedônia. Sua mãe, Olímpia, e seu pai, o rei Filipe da Macedônia, lutaram entre si pela lealdade do filho, ensinando-o sobre política e vingança antes da adolescência. Sua relação com o jovem Heféstion lhe ensinou confiança, a tutoria do filósofo Aristóteles o preparou para as batalhas do futuro e a Ilíada de Homero alimentou suas aspirações. Alexandre matou um homem em luta pela primeira vez aos doze anos. Aos dezesseis, tornou-se regente e aos dezoito, comandante da cavalaria da Macedônia. Quando o pai foi assassinado, dois anos depois, Alexandre estava apto para o posto e decidido sobre qual seria o seu papel como governante. Ao dar início ao seu reinado, Alexandre já era um soldado maduro e um homem complexo, apaixonado, que viria a se tornar um ícone de liderança e uma lenda nas terras tanto do Oriente como do Ocidente. Este é o primeiro livro da trilogia que relata a ascensão e queda dessa figura memorável.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Fogo do céu – Romance sobre Alexandre, O grande lançado pela editora Faro Editorial. O livro é de autoria de Mary Renault e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

"Fogo do Céu" começa uma jornada que nos leva direto para a Grécia Antiga, onde acompanhamos os primeiros anos de vida e a ascensão de uma das figuras mais emblemáticas da história, Alexandre, o Grande. Este é o primeiro volume da trilogia de Alexandre escrita por Mary Renault, uma autora que eu não conhecia, mas depois desse primeiro volume já fiquei viciado em sua escrita! 

A história começa com a infância de Alexandre, cujos dons de liderança, coragem e influência se destacam desde cedo. Seus pais, Olímpia e o rei Filipe da Macedônia, travam uma batalha pela lealdade do filho, ensinando-lhe políticas e lições de vingança ainda na juventude. A relação próxima com seu amigo Hefestion e a tutela do filósofo Aristóteles contribuem para sua formação como líder.

A história nos mostra como Alexandre amadurece rapidamente, assumindo responsabilidades como regente e, posteriormente, comandante da cavalaria da Macedônia. A tragédia da morte de seu pai, o rei Filipe, o leva a um destino inescapável, tornando-se um rei poderoso e apaixonado, cujo legado transcende gerações.

Como eu disse, fiquei viciado na escrita de Mary Renault e então decidi procurar um pouco mais sobre ela! A autora por trás dessa obra,foi uma escritora inglesa nascida em 1905 e falecida em 1983. Ela dedicou grande parte de sua vida à pesquisa e à escrita de romances históricos, sendo "Fogo do Céu" um exemplo notável de seu trabalho. Sua capacidade de trazer à vida personagens históricos e contextos culturais é evidente nesta trilogia, que é amplamente reconhecida por sua precisão histórica e profundidade psicológica.

Renault tem o dom de nos transportar para outra época, tornando a história de Alexandre tão viva e cativante que é quase como se estivéssemos vivendo ao lado dele. Seu estilo de escrita, embora desafiador em alguns momentos, é recompensador para aqueles que buscam uma leitura rica em detalhes. 

A caracterização dos personagens, em especial a relação entre Alexandre e Hefestion foi um dos meus pontos preferidos desse primeiro livro! A maneira como Renault descreve os laços de amizade e lealdade entre eles é comovente e realista. Além disso, a exploração das complexidades da personalidade de Alexandre, sua paixão, determinação e ambição, torna-o um protagonista cativante.

"Fogo do Céu" não é apenas uma narrativa histórica, mas também uma exploração profunda da psicologia humana e da construção de líderes. É uma leitura enriquecedora que nos faz refletir sobre o poder, o destino e o significado da liderança. Recomendo este livro a todos que desejam mergulhar na história fascinante de Alexandre, o Grande, e apreciar a habilidade única de Mary Renault em dar vida a personagens do passado.