RESENHA: HOLLY

 

Organizadores:  Stephen King

Editora: Suma

Páginas: 448

Ano de publicação: 2023

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Penny Dahl está desesperada para encontrar a filha, Bonnie, que sumiu sem deixar vestígios. Em busca de ajuda profissional, ela liga para a agência Achados e Perdidos, sob o comando de Holly Gibney. A detetive reluta em aceitar o caso, porque deveria estar de licença, mas algo na voz de Penny faz com que Holly não consiga ignorar o pedido.A poucos quarteirões de onde Bonnie foi vista pela última vez, moram Rodney e Emily Harris. Um casal de acadêmicos octogenários, dedicados um ao outro, eles simbolizam a banalidade da classe média suburbana. No entanto, no porão de sua casa bem cuidada e repleta de livros, os dois escondem um segredo terrível, que pode estar relacionado ao desaparecimento de Bonnie.Descobrir a verdade se torna uma tarefa quase impossível, e Holly dependerá de seus talentos extraordinários para desmascarar os professores ― antes que eles ataquem novamente.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Holly lançado pela editora Suma. O livro é de autoria de Stephen King e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

Holly Gibney, uma detetive particular com um passado que os fãs de Stephen King já conhecem, recebe um pedido de ajuda desesperado de Penny Dahl. A filha de Penny, Bonnie, desapareceu sem deixar rastros, e ela recorre à agência Achados e Perdidos, comandada por Holly. Apesar de estar de licença, Holly é persuadida a investigar o caso devido à urgência na voz de Penny.

À medida que Holly mergulha na investigação, ela descobre que a última vez que Bonnie foi vista estava a apenas alguns quarteirões de distância de Rodney e Emily Harris, um casal idoso que, à primeira vista, parece representar a típica vida suburbana. No entanto, a casa cuidadosamente mantida e repleta de livros dos Harris abriga um segredo obscuro, um mistério que pode estar ligado ao desaparecimento de Bonnie.

Para chegar a resposta do desaparecimento da filha de Penny, Holly precisará usar seus talentos extraordinários para desvendar a verdade oculta nas entrelinhas. A tensão aumenta à medida que ela se aprofunda nos segredos sombrios dos professores idosos, Rodney e Emily, enquanto corre contra o tempo para evitar que ataquem novamente.

"Holly" revela uma incursão do autor em um território mais realista, afastando-se do sobrenatural que caracteriza muitas de suas obras. O enredo, centrado na detetive Holly Gibney, abraça a investigação criminal, explorando horrores mais "cruéis" e "reais".

Aqui, Holly é chamada para investigar o desaparecimento de uma jovem bibliotecária, desencadeando uma série de descobertas que se encaixam nos padrões conhecidos do gênero. Embora o enredo tenha seus momentos envolventes, pra mim ele não consegue se destacar pela originalidade.

 King explora a complexidade de sua personagem principal, retratando-a como uma mulher engenhosa que continua a lutar contra seus demônios interiores. No entanto, esta dualidade, embora bem explorada, parece remeter aos protagonistas anteriores do autor e já é uma fórmula familiar. A parte final acelera o ritmo da história, com desenvolvimentos surpreendentes que às vezes parecem um pouco improváveis.

Este livro é uma leitura rápida, mas esquecível, e sinto que a escrita de King aqui carece do brilho único e da mistura de emoção que caracteriza seu melhor trabalho. As edições em brochura e páginas amarelas deste livro são de qualidade padrão,  e a tradução de Winarski é um dos pontos altos do livro, amo a forma como a tradutora consegue trabalhar com os melhores trejeitos do mestre do horror e conseguir traduzi-los não é uma tarefa fácil. 

No final, Holly é uma leitura mediana dentro da extensa bibliografia de Stephen King, oferecendo uma experiência que, embora cativante, pode não se destacar entre seus clássicos de terror.