6 de dezembro de 2023

RESENHA: NÓS FAZEMOS O MUNDO

 



Organizadores: N. K. Jemisin 
Editora: Suma
Páginas: 256
Ano de publicação: 2023
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Na cidade que nunca dorme, as aparências enganam: à primeira vista, é até possível acreditar que tudo vai bem, mas essa não é a verdade.Já faz três meses que Nova York ganhou vida, e os avatares conseguiram impedir que a Mulher de Branco destruísse seu território. Só que, agora, o inimigo tem poderes mais sutis à disposição: a retórica populista da gentrificação, da xenofobia e das medidas para "manter a lei e a ordem" pode destruir a cidade de dentro para fora. Para impedi-la, os avatares terão de se unir a outras Grandes Cidades para salvar o mundo da destruição iminente.Em Nós somos a cidade, N. K. Jemisin apresentou uma narrativa original e dinâmica, mostrando como seus personagens se relacionam com as regiões que representam e interagem com os demais. Em Nós fazemos o mundo, volume que encerra a saga, as histórias de cada avatar são desenvolvidas e articuladas com maestria para que, juntos, eles possam lutar por um bem maior.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Nós fazemos o mundo lançado pela editora Suma. O livro é de autoria de N. K. Jemisin e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.



Toda cidade tem seus segredos, seus mecanismos que compõem aquela sociedade como uma só, certo? E se as cidades fossem organismos vivos? As avenidas poderiam ser as artérias, os parques florestais os pulmões... 

E bom, como organismos vivos, toda cidade tem seu nascimento. E aqui testemunhamos o nascimento de uma - e seus perigos. Com o nascimento, surge uma forma maligna intitulada Entidade, que pretende destruir esse organismo de dentro, assim, a cidade evoca figuras que irão auxiliar ao combate dessa Entidade. 



Embora à primeira vista tudo pareça estar em ordem, a verdade é bem diferente. Três meses se passaram desde que Nova York ganhou vida, graças aos esforços dos avatares que conseguiram evitar a destruição provocada pela sinistra Mulher de Branco. 

Contudo, um novo desafio surge, e desta vez o inimigo emprega poderes mais sutis: a retórica populista da gentrificação, da xenofobia e das medidas autoritárias disfarçadas de "manutenção da lei e da ordem". Essa ameaça pode corroer a cidade por dentro, minando suas bases e levando-a à ruína.

Agora, os avatares precisam unir forças com outras Grandes Cidades para evitar a iminente destruição que se aproxima. A batalha não é apenas contra forças externas, mas também contra as divisões internas e as ideias venenosas que ameaçam desfazer o tecido da sociedade recém-renascida.

Tirando o primeiro volume dessa duologia (nomeada Nós somos a cidade), eu nunca tinha lido nada da N. K. Jemisin... Erro meu, eu sei. Vencedora de três Hugo Awards (um dos principais prêmios de literatura ficcional), posso dizer que me apaixonei pela escrita dessa autora e quero continuar a desbravar suas narrativas. 

"Nós fazemos o mundo" fecha o arco que Jemisin começou anos atrás, e por mais que eu não tenha entendido muito sobre o enredo do primeiro, algo me convenceu a voltar para essa leitura. E o resultado foi MUITO POSITIVO. 


Antes de tudo, essa série traz o conceito de ficção especulativa, ou seja, seu conteúdo pode soar confuso demais para muitos leitores (tive essa experiência, real). E essa confusão pode afastar muitos daqueles que querem conhecer a escrita de Jemisin, mas não desistam!

Enfim, mesmo com o começo confuso (o que é proposital), conforme eu fui tentando continuar a leitura que eu fui entendendo onde a autora queria chegar. E a partir daí que fiquei maravilhado. 

Usar a ficção para falar de problemas reais é um recurso que, dependendo, pode dar muito certo em uma narrativa. N. K. faz isso de uma forma brilhante, principalmente para entendermos como o racismo estrutural e as diferenças sociais são extremamente acentuadas na sociedade contemporânea. 

Os personagens desse livro... Ah, eles são maravilhosos, extremamente profundos e com várias camadas, eu consegui me identificar com alguns e sofrer com outros. A escrita precisa e leve da autora acentua em suas entrelinhas um discurso crítico e extremamente poderoso. 


É difícil não se apaixonar por essa duologia. Deixarei um mistério ao redor dele, mas peço que vocês o leiam.




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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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