11 de janeiro de 2024

RESENHA: AS SETE LUAS DE MAALI ALMEIDA

 



Organizadores: Shehan Karunatilada  
Editora: Record
Páginas: 407
Ano de publicação: 2023
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Colombo, Sri Lanka, 1990. Maali Almeida descobre da pior maneira possível que existe vida após a morte: ele acorda no Interstício, um lugar cheio de almas confusas e perdidas. Nessa espécie de purgatório, ele descobre que foi assassinado e que seu corpo desmembrado está afundando no Lago Beira, mas não faz ideia de quem o matou. Numa época em que o acerto de contas é feito por esquadrões da morte, capangas e homens-bombas, a lista de suspeitos é enorme.Maali era fotógrafo de guerra, viciado em apostas e, apesar de ter se relacionado com muitos homens, nunca se assumiu gay. Antes de morrer, ele tirou fotos que poderiam abalar o seu país e as guardou em envelopes, cada um representado por uma carta de baralho. Para que a morte dele não seja em vão, ele precisa entrar em contato com as pessoas que ama, guiá-las até o esconderijo das fotografias e dar sua cartada final. Só tem um problema: se ele quiser ir para a Luz, precisa fazer isso antes da sétima lua.As sete luas de Maali Almeida é um romance cheio de fantasia e realidade. Shehan Karunatilaka, um dos autores mais proeminentes do Sri Lanka, usa seu humor mordaz e transforma os leitores em testemunhas da brutalidade da guerra civil no país. Ao vagarmos com Maali pelo além, somos confrontados com verdades perturbadoras sobre a vida e a morte.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro As sete luas de Maali Almeida pela editora Record. O livro é de autoria de Shehan Karunatilada e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.


Colombo, Sri Lanka, 1990. Maali Almeida despertou em meio à escuridão, ele estava no Interstício, um limbo repleto de almas perdidas, e a dura revelação de sua própria morte surgiu de maneira cruel. Descobriu-se assassinado, seu corpo desmembrado afundando no sombrio Lago Beira. O purgatório que habitava não oferecia paz, apenas uma oportunidade de redenção.

Maali, um fotógrafo de guerra viciado em apostas, nunca assumiu publicamente sua orientação sexual, apesar de ter se envolvido com muitos homens. Antes de sua morte prematura, ele tirou fotografias incriminadoras, capazes de abalar as estruturas de seu país. Essas imagens estavam guardadas em envelopes, cada um identificado por uma carta de baralho.


Para que sua morte não fosse em vão, Maali compreendeu que precisava guiar aqueles que amava até o esconderijo das fotografias. Seu último desejo era dar a cartada final, revelando a verdade por trás das lentes que capturaram a brutal realidade do conflito que assolava sua nação. No entanto, o tempo era um inimigo implacável, e ele tinha uma condição: alcançar a Luz antes da sétima lua.

A jornada de Maali pelo Interstício será repleta de desafios. Ele se viu enfrentando almas perdidas, cada uma com suas próprias histórias trágicas. Entre lembranças dolorosas e a busca pela verdade, Maali terá que guiar seus entes queridos até as fotografias escondidas. O relógio avançava, e a pressão para cumprir sua missão aumentava.


 Um livro complexo de ser lido, porém recompensador. Ganhador do "Booker Prize 2022", As sete luas de Maali Almeida explora a guerra em suas diferentes facetas e atribuí a fantasia em todo seu enredo para falar sobre as camadas da sociedade cingalesa. Nunca tinha lido nada de Shehan, então foi uma surpresa eu ter recebido esse livro da editora Record aqui em casa, uma boa surpresa. 

Os relacionamentos complexos de Maali com personagens como Jaki e DD, assim como suas interações com rebeldes mortos, suicidas persistentes e Ajudantes, deixam a narrativa com personagens vívidos e que complementam em muito para a história. O autor habilmente entrelaça essas relações com temas mais amplos, como política, religião e a brutalidade da guerra, criando uma rede de experiências que reflete a diversidade e a tensão na sociedade retratada.


A prosa é vívida, repleta de símiles expressivos que adicionam uma camada sensorial à narrativa. O uso dessas figuras de linguagem enriquece a descrição dos eventos e aprofunda a imersão do leitor nas circunstâncias complexas vividas por Maali.


 


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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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