RESENHA: DIA A DIA

 

Organizadores: João Misael Lantyer

Editora: Primeiro Capítulo

Páginas: 82

Ano de publicação: 2024

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Nestas crônicas, escrevo os mais variados textos, com um olhar no dia a dia. Um banho, um perfume ou uma carta. Há fortes conexões entre esses textos breves que acendem luzes novas na memória do leitor, o passado ainda tão recente, da pandemia, estes textos azuis, parecem intensificar a consciência de ruptura dos hábitos cotidianos e do horizonte coletivo de expectativas impostas pela pandemia.Estas crônicas têm a leveza do vento e a força do momento novo.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Dia a dia lançado pela editora Primeiro Capítulo. O livro é de autoria de  João Misael Lantyer e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

Nestas coletânea de contos, o autor explora diversos temas observando o cotidiano com um olhar sensível. Seja um banho revigorante, o aroma de um perfume ou o significado por trás de uma carta, os textos escritos por João se interligam com suas memórias na busca de uma construção literária. 

É incrível ver como o processo ilumina lembranças frescas, especialmente do passado recente marcado pela pandemia. Esses textos, tingidos de azul, amplificam a percepção da quebra de rotinas e das expectativas coletivas impostas pelo contexto do COVID-19. 

O autor trás exemplos literários e do campo da psicologia para refletir a respeito do período pandêmico, aplicando obras como a de George Orwell e o conceito de distopia para criticar um estado que menospreza a classe menos abastada e a coloca em lugar de insalubridade nos ambientes econômicos, sociais e políticos

Além disso, João traz um panorama sobre sua infância em Porto Seguro, ou quando se mudou para Irecê e trocava carta com a sua futura esposa, que morava em Salvador, quando esteve em Veneza... Tudo isso é colocado de maneira literária e que nos aproxima da figura daquele que está tecendo essas histórias pra gente. 

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Ler "Dia a dia" com certeza é uma experiência muito interessante, na verdade um conjunto de experiências, visto que o autor traz uma coletânea de crônicas que exploram a memória em um mundo pré e pós pandêmico de uma forma dolorosa e, ao mesmo tempo, repleta de um saudosa e complexa. 

O livro é curtinho, tendo um pouco mais de 80 páginas. As reflexões que podemos tirar dessas crônicas, no entanto, são muito vastas. Eu gostei muito de toda a experiência e o trabalho da editora Primeiro Capítulo está muito bom, li através da edição física e todo o trabalho de diagramação está impecável; esse livro é um daqueles para ter na edição física mesmo! Fica a indicação.