Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler a antologia poética Descoberta nu do mundo, de Vanessa Valentim.
São 37 poemas que habitam 7 diferentes seções do todo Descoberta nu do mundo. O conjunto da obra é um passeio consciente pelo mundo, nu, sem capas, sem defesas, sem véus, sem filtro, vestida de pele e sentidos, dos mais primitivos aos mais sutis. Estar no mundo, dialogar com o mundo, com protagonistas “pouco prováveis”, que permitem o assombro da descoberta. Um passeio nunca é linear e óbvio, mesmo que o percurso seja conhecido. Os pés tocam terra, sub-terra e céu. A autora que não escreve para si, apesar de buscar sua inspiração nos esconderijos mais reservados do seu ser. Observa, absorve, ressignifica, revela e dá sentido a sentimentos que por muitas vezes preferimos não sentir. Sua forma de transmitir traduz o olhar de uma anciã que se distrai por momentos e vira uma criança repleta de desconhecimento útil. A poeta está imersa em um mundo disfuncional que perdeu o sentido, transmite dores, revoltas, reviravoltas intensas e profundas, no entanto encontra seu lugar nu no mundo.
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1. Poesia crua
Vanessa Valentim me surpreendeu ao despir-se de artifícios, apresentando seus versos de forma crua e despretensiosa. A habilidade da Vanessa em deixar de lado as camadas superficiais da existência e revelar suas emoções e pensamentos de maneira visceral, é notável; este desnudamento poético permite uma conexão mais íntima com as palavras, tornando a leitura uma experiência (no mínimo) impactante.
2. Uma série de reflexões
A antologia poética aborda temas fundamentais como revolta, existência e a busca pela liberdade. Cada poema nos ajuda a refletir sobre a condição humana de maneira subjetiva e profunda. A poesia de Vanessa Valentim oferece um espaço para contemplação e compreensão, onde exploramos suas próprias experiências e perspectivas em relação a esses temas tão universais.
3. Relações e traições inesperadas
A antologia apresenta metáforas intrigantes e uma complexidade poética que desafia a superficialidade. Por exemplo, o poema "Sou" utiliza a imagem do grão de areia em uma praia imensa para transmitir a insignificância diante da vastidão, enquanto "Entendimento" explora a importância do silêncio em situações aparentemente estáticas. Essas metáforas não apenas enriquecem a linguagem poética, mas também estimulam a reflexão sobre a vida e a existência.