Desde muito jovem, os sonhos de Kellian, um órfão de Castellane, eram simples: se tornar um marujo ou, se nada desse certo, um ladrão de rua. Mas o destino reservou-lhe algo um tanto diferente. Arrancado do conforto do orfanato aos dez anos de idade, ele se viu diante de uma oportunidade única: ser o Portador da Espada do Príncipe Herdeiro, Conor Aurelian.
Criado nos salões opulentos do palácio, Kell foi treinado não apenas na arte da espada, mas também nas sutilezas da política cortesã. No entanto, esse privilégio tinha um preço: renunciar à sua própria identidade em prol de servir como dublê de Conor, aquele a quem ele amava como um irmão.
Lin Caster é uma médica da comunidade Ashkar. Detentora dos últimos vestígios de magia em um mundo que não vê nenhum sinal mágico por conta da Ruptura, a médica enfrenta suas próprias batalhas por conta das restrições impostas ao seu povo enquanto acaba lutando contra o sistema vigente para cuidar dos enfermos do reino.
O destino de Kell e Lin se entrelaça quando uma tentativa de assassinato contra o príncipe Conor é frustrada por Kell, e ambos se veem envolvidos nas tramas engenhosas do misterioso Rei dos Ladrões, uma figura proeminente no submundo de Castellane.
Há alguns anos eu reparei uma coisa que eu reparei nos livros e na escrita de Cassandra Clare que me fizeram parar de ler as histórias ambientadas no mundo dos shadowhunters que é a seguinte: A história ficaria bem melhor se tivesse umas duzentas páginas a menos. Não acho que a escrita de Claire exatamente prolixa, sei que ela gosta de escrever muuuito e faz isso de forma quase que natural, mas é aí que entra a edição e revisão.
Bom, faz anos que não lia nada dela, por isso decidi dar uma chance com o seu primeiro livro fora do mundo dos shadowhunters; uma fantasia épica voltada pro mundo adulto que ainda resguarda características de sua escrita e personagens. Mas mais uma vez, acho que Claire caiu no mesmo buraco de antes.
"O portador da espada" é o primeiro volume de uma provável quadrilogia e... não sei, eu até gostei da história, mas o que poderia ser um livro de quatrocentas páginas se tornou um livro de seiscentas. Eu entendo que por ser um livro inicial, a autora precisa de um tempo para ambientar a cultura desse mundo e também todas as relações entre os personagens, mas o livro tem sim diversas cenas que não acabam adicionando em nada ao enredo.
Gostei do fato do romance não tomar protagonismo dentro desse primeiro volume. as relações entre os três personagens que ocupam o protagonismo são exploradas de modo mais fluído sem precisar se ater apenas a relacionamentos amorosos! Por mais que Cassandra tenha escrito o Conor Aurelian para ser um personagem detestável, ele acaba não se tornando aquele personagem que amamos odiar, e o resto é meio bléh...
Enfim, não sei se lerei o segundo, mas vamos esperar pelo lançamentos dos próximos volumes!