Organizadores: Ana Luisa Tavares Meira Lima
Editora: Independente
Páginas: 654
Ano de publicação: 2020
Compre através deste link.
As gangues juvenis sempre prontas para uma boa briga. Em uma cidade afastada, gangues espalham violência e morte. Duas delas tornam-se fortes o bastante para subjugar todas as outras e obter controle total da cidade. Nesse espaço de guerra, apenas uma instituição consegue se opor aos grupos e tornar-se uma área neutra, na tentativa de trazer um pouco de paz aos jovens mergulhados nessa realidade sombria. Instituições aparentemente obedientes às gangues tentam, em segredo, combatê-las e um grupo de adolescentes se reúne com o mesmo propósito.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Pétalas de sangue: cidade das gangues lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Ana Luisa Tavares Meira Lima e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Na pequena e isolada cidade de Canaryuus, as gangues juvenis espalham violência e morte e imperam em todo o distrito. Constantemente prontas para brigas, existem duas gangues principais, Akuna e Yakusa, que se destacam e tornam-se poderosas o suficiente para subjugar as demais, assumindo o controle total da cidade.
No meio desse cenário de guerra, uma única instituição consegue se opor aos grupos e estabelecer-se como uma área neutra é o instituto Michi, uma espécie de colégio interno que tem como principal objetivo trazer um pouco de paz aos jovens envolvidos nessa realidade sombria.
Além dessa instituição, outras, aparentemente submissas às gangues, também agem em segredo para combatê-las. Paralelamente, um grupo de adolescentes que são alunos do colégio se reúnem com o mesmo propósito, cada um movido por seus próprios objetivos, motivações e desejos.
A situação se complica ainda mais com a chegada de Sasake ao colégio. Ao se tornar próxima de um grupo de amigos, Sasake confessa a Jessica, neta da diretora do Instituto Michi, que é uma alienígena com uma missão super importante: a única forma de recuperar seu planeta Ázara é encontrar o cristal Haato para protegê-lo.
No entanto, ela não é a única que está atrás desse artefato, e encontrá-lo em uma cidade tomada pelo crime organizado, ao mesmo tempo em que conhece diversos sentimentos humanos e, acima de tudo, adolescentes, não será a mais fácil das tarefas.
Que leitura frenética! Pra começo da conversa esse é meu primeiro contato com a escrita da autora Ana Luisa. Pelo fato do livro ter mais de 600 páginas pensei que ele iria demorar um pouco para entrar no lado eletrizante da história, preocupando-se em explorar mais os personagens e suas complexidades. Foi extremamente surpreendido, no entanto, ao ver que Ana já coloca o começo da narrativa a pleno vapor!
Uma coisa que me interessou muito nesse livro, por mais que eu não goste de ler muitas narrativas de romance, é o seu lado mais violento e urbano. Aqui nós temos diversas gangues que estão lutando pelo poder nessa pequena cidade, e o instituto onde os nossos personagens estão é o único ponto que ainda garante uma espécie de neutralidade. Ana intercala muito bem os momentos de tensão com as gangues e também os momentos mais descontraídos, onde ela explora a relação entre o grupo principal (composto por oito amigos) e suas múltiplas motivações e desejos.
A quantidade de personagens foi algo que me deixou confuso no começo da história, pois além das personagens já citadas nós temos George, Luiza, Marcelo e alguns outros que fazem parte do núcleo principal da história. No entanto, cada personagem tem uma característica bem própria O que torna mais fácil reconhecê-los conforme vamos avançando na história.
Este é apenas o primeiro volume de uma série de quatro livros que foram lançados até então, "Cidade das gangues" estabelece uma ambientação bem interessante, conhecemos sobre a cultura azaraniana ao mesmo tempo em que a autora não deixa os personagens secundários de lado e nos aprofunda mais em cada um deles. Esse é um ponto bem interessante da obra.
Não sei o que esperar dos próximos livros, por mais que a autora tenha deixado algumas pontas soltas que provavelmente serão resolvidas nas próximas histórias, sinto que existiu uma espécie de fechamento desta primeira parte da série Pétalas de Sangue.
A construção do clima que foi boa o suficiente para que eu tenha vontade de voltar a este mundo em breve. Não sei o que me espera pela frente, mas fica que a minha indicação para quem quer um livro que traga personagem os adolescentes com um plot bem adulto e algumas vezes bem violento ao mesmo tempo em que eles conhecem mais sobre si próprios e as relações que constroem entre si em busca de um objetivo em comum.