RESENHA: HISTÓRIAS SOLTAS

 

Autor(a):  Munir Charruf 

Editora:  Giostri

Páginas: 92

Ano de publicação: 2024

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Histórias Soltas é uma coletânea de textos produzidos durante dois anos de experimentação literária do autor Munir Charruf. São quinze contos que apresentam personagens em momentos decisivos de suas vidas, destrinchando sensações e sentimentos diversos e, por fim, revelando ao leitor e à leitora as possibilidades de transformações.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Histórias Soltas lançado pela editora Giostri. O livro é de autoria de Munir Charruf e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 

Em "Histórias Soltas", nós retomamos a mais uma coletâneas de contos de Munir, dessa vez as narrativas tratadas aqui não seguem uma temática específica como foi em "Faces da Guerra", aqui o autor realmente experencia novos gêneros e estilos diferentes em contos que, pra mim, são os mais surpreendentes de Charruf até então! 

Quinze contos, quinze vivências diferentes e quinze oficinas literárias. Entre todas elas, é possível ver um autor brincando com as narrativas e trazendo o melhor de seus personagens em reflexões e arrependimentos ao mesmo tempo em que o peso de suas decisões é estabelecido. 

Quando disse que os contos são amplos e variam de acordo com o fluxo dos personagens, eu não estou brincando! Em "Sentença", por exemplo, temos uma digressão de Medusa em seu caminho pelos rios do submundo, onde sua história é narrada e uma escolha é colocada a sua frente. Já em "Atrás da próxima porta", Munir nos coloca em um jogo de realidade virtual enquanto o autor explora a complexidade do vazio e do próprio existencialismo. 

Os tópicos que Munir trás aqui são vastos, e uma outra coisa que gostei muito é a forma como a própria estrutura dos textos se alteram de acordo com a necessidade! Em "Preste atenção, querida" temos um poema que se desenrola.

Vermelho carmim espalhado pelo salão, 

cinza pó cobrindo a mão;

Pé imóvel, inerte, joelho dobrado prostrado em genuflexão; 

Enxofre arquejado; 

Onde havia choro o silêncio, onde ódio pranto sem fim; 

"Abismo que cavaste com os teus pés"

O livro, assim como Faces da Guerra, é curto; o que torna perfeito para pegar, ler um conto ou outro, e retomar em um outro dia qualquer. Confesso que li tudo de uma vez, até para deixá-lo fresco na cabeça e escrever essa resenha pra vocês; mas posso afirmar que em nenhum momento as histórias se tornam maçantes ou chatas! Fica a indicação!