Organizadores: Isabel Ibañez
Editora: Arqueiro
Páginas: 448
Ano de publicação: 2024
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Inez Olivera faz parte da alta sociedade de Buenos Aires no século XIX. Como o resto do mundo, a cidade está imersa em magia antiga, que já foi quase toda abandonada ou esquecida. Inez tem tudo que uma garota poderia querer, exceto o que mais deseja: viver ao lado dos pais aventureiros, que com frequência a deixam para trás para vagar pelo mundo.Quando fica sabendo da morte dos dois, ela herda uma imensa fortuna e é contatada pelo tio misterioso, um arqueólogo. Ansiando por respostas, Inez parte para o Cairo levando um anel de ouro que o pai lhe enviou antes de falecer. Assim que chega, porém, a magia antiga impregnada na joia a leva por um caminho inesperado.Provocada o tempo todo por Whitford, o belo e irritante assistente do tio, Inez vai explorar tumbas ancestrais e se perder em aventuras (e nos belos olhos do jovem). Mas ela precisará confiar na magia para descobrir a verdade sobre a morte dos pais – ou arriscar se tornar um mero peão num jogo mortal.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O que o rio sabe, lançado pela editora Arqueiro. O livro é de autoria de Isabel Ibañez e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Inez Olivera, uma jovem da alta sociedade de Buenos Aires, vive em uma realidade permeada por resquícios de magia antiga, algo que agora é quase esquecido no mundo moderno. Quase.
Inez tem uma vida aparentemente perfeita, mas carrega a frustração de ser deixada de lado pelos pais aventureiros, que estão sempre viajando em busca de aventuras arqueológicas. Quando ela recebe a notícia da morte dos dois, sua vida vira de cabeça para baixo. Com a herança em mãos e a cabeça cheia de dúvidas, Inez parte para o Egito em busca de respostas.
Aqui começa a verdadeira jornada de "O que o rio sabe". No Cairo, Inez vê uma forma de lutar com o luto ao mesmo tempo que começa a entender que a morte de seus pais pode não ter sido um mero acidente. Tudo isso graças a um anel de ouro, enviado por seu pai antes de falecer. Esse anel, impregnado de uma magia antiga e poderosa, guia Inez em sua busca por respostas.
Mas não pense que ela faz tudo sozinha. Whitford, o belo (e, claro, extremamente irritante) assistente do tio arqueólogo de Inez, aparece como seu companheiro de aventura. A química entre os dois é latente, e enquanto eles desbravam tumbas ancestrais, a tensão cresce – tanto no campo das emoções quanto no terreno místico. O charme de Whitford, aliado ao sarcasmo de suas falas, deixa Inez irritada — e até mesmo um pouco apaixonada, talvez?
Como fã de filmes como "A múmia", uma coisa que me pegou bastante nesse livro foi o equilíbrio que a autora consegue manter entre o romance e a ação. Ibañez te faz mergulhar no Egito mágico, cheio de enigmas, maldições e poderes ocultos, ao mesmo tempo em que constrói um relacionamento intrigante entre Inez e Whitford. Não tem como não torcer pelos dois, mesmo quando estão trocando farpas.
Outro ponto forte da narrativa é a ambientação. A riqueza de detalhes do Egito do século XIX, misturado com a presença da magia, faz com que você se sinta imerso nas areias quentes e nos mistérios das tumbas. E o que é ainda melhor: o livro faz com que você questione constantemente quem está jogando qual jogo. Inez, embora ingênua no início, vai aos poucos desvendando uma rede de segredos que pode colocá-la no centro de um jogo mortal. As dúvidas sobre a morte dos pais crescem a cada capítulo, e é impossível largar o livro sem querer saber o que realmente aconteceu.
O que o rio sabe é um prato cheio para quem curte aventura, romance e uma boa dose de magia antiga. Isabel Ibañez me deu um livro que, juro, me deixou com um quentinho no coração! Cheia de reviravoltas, com personagens cativantes e um cenário histórico que é praticamente um personagem à parte.