Organizadores: Gustavo Borges & Eric Peleias
Editora: JBC
Páginas: 88
Ano de publicação: 2024
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Estamos na década de 1990, em cada casa há uma televisão ligada e a internet ainda é desconhecida. Duas crianças são obrigadas a passar um dia juntas e decidem desvendar se fantasmas são reais ou não. Um dia cheio de aventuras e descobertas pode mudar a vida de ambos e ajudar a definir a personalidade deles para o futuro? É possível preservar o senso de magia diante das decepções da vida? Ao mesmo tempo, é possível amadurecer sem perder o otimismo da infância? Esta é uma história sobre os fantasmas que nos definem ao longo da vida e quais significados diferentes um “fantasma” pode ter. É também uma história sobre memórias, família, amizade, diferenças, semelhanças e, principalmente, amadurecimento.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Como Fazer Amigos e Enfrentar Fantasmas, lançado pela editora JBC. O livro é de autoria de Gustavo Borges & Eric Peleias e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
A trama nos apresenta Leo, um garoto que vive nos anos 90 e enfrenta os desafios da infância enquanto lida com mudanças em sua dinâmica familiar. A chegada de Olivia, filha da nova namorada de seu pai, vira seu mundo de cabeça para baixo. Inicialmente desconfiado, Leo se vê envolvido nas aventuras e investigações sobrenaturais lideradas por Olivia, o que os aproxima de maneira inesperada.
O grande charme da HQ está em como ela captura a essência dos anos 90 de forma tão autêntica. Desde as referências visuais até a maneira como as crianças interagem entre si, é impossível não se sentir transportado para essa época. A relação entre Leo e Olivia é construída com delicadeza, mostrando como, mesmo em meio às diferenças, é possível encontrar pontos de conexão. A HQ aborda temas como amadurecimento, família e amizade de uma forma acessível e tocante.
As ilustrações de Gustavo Borges são um espetáculo à parte. Com um traço leve e expressivo, ele consegue transmitir tanto a inocência das crianças quanto os momentos mais tensos da história. A paleta de cores, que equilibra tons quentes e sombrios, complementa perfeitamente o tom da narrativa. Já o texto de Eric Peleias é simples, mas carregado de emoção, destacando o contraste entre a introspecção de Leo e a energia vibrante de Olivia.
Outro aspecto interessante é o mistério que permeia a trama: seriam os fantasmas reais ou apenas frutos da imaginação das crianças? Essa ambiguidade enriquece a leitura e deixa o leitor refletindo mesmo após a última página.
E aí, quem mais já leu essa HQ incrível? Me contem o que acharam!