Organizadores: René Schubert
Editora: Psico UpAno de publicação: 2025
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Um livro escrito por profissionais da saúde para trabalhar as dificuldades, conflitos, dores que acomete mulheres vitimas de violência. O mesmo trabalha exercícios e formas de prevenção. Superar sombras exige rede, acolhimento e conhecimento. "O livro Superando Sombras nasce do compromisso de profissionais que atuam diariamente com mulheres em situação de violência, trazendo reflexões, orientações e caminhos possíveis para quem vive – ou acolhe – essa realidade. Cada coautor compartilha aqui sua experiência e saber, unindo teoria e prática em uma obra que acolhe, conscientiza e transforma. Uma leitura essencial para quem trabalha na ponta, para quem deseja compreender mais sobre o tema e para quem acredita em um mundo com mais segurança, dignidade e respeito às mulheres
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Superando as sombras, lançado pela editora Psico Up. Essa resenha é focada no capítulo escrito por René Schubert.
O livro reúne textos escritos por profissionais da saúde com o objetivo de trazer reflexões e ferramentas para lidar com situações de violência contra mulheres. O capítulo em questão é “Estou aqui com você – Construindo a Rede de Apoio”, assinado por René Schubert.
A proposta do texto é clara: destacar a importância das redes de apoio nos processos de cuidado e superação. René parte de suas experiências clínicas em hospitais psiquiátricos para ilustrar como o suporte: seja ele familiar, social ou institucional, é essencial em momentos de crise. A reflexão vai além do contexto clínico e alcança qualquer pessoa que esteja lidando com sofrimento emocional ou instabilidade.
O autor utiliza referências de nomes como Freud, Bowlby e Bauman para construir uma leitura que articula teoria e prática. Há uma crítica à forma como as relações humanas se tornaram frágeis num mundo acelerado e hiperconectado, e como isso tem afetado diretamente a sensação de pertencimento das pessoas.
Outro ponto interessante é como o capítulo propõe que a rede de apoio seja observada com mais atenção dentro do processo terapêutico. A partir de perguntas simples; como com quem se convive, com quem se pode contar, ou que espaços de lazer ainda existem na rotina, René sugere caminhos para reconstruir vínculos e ampliar conexões.
O texto também apresenta sugestões práticas, como buscar grupos culturais, retomar contatos antigos, participar de cursos ou até investir tempo em trabalho voluntário. São formas de movimentar os afetos, sair do isolamento e resgatar uma sensação de comunidade.
O capítulo é direto, informativo e bem estruturado. Não se trata de um discurso idealizado, mas de uma análise consistente sobre como redes de apoio podem fazer diferença real na vida de quem enfrenta situações difíceis. Vale a leitura, especialmente para quem trabalha com escuta e acolhimento.
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