Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler O Burocrata, lançado de forma independente. O livro é de autoria de Lucas Pergon
Em seu romance de estreia, Lucas Pergon entrega ao leitor uma narrativa madura, irônica e profundamente humana. O Burocrata é mais do que uma crítica à máquina pública — é um mergulho existencial nas engrenagens silenciosas que moem ideais, gestos e até mesmo nomes. Com precisão narrativa e linguagem elegante, o autor constrói uma trama que se passa em qualquer lugar e tempo, pois lida com aquilo que é universal: a luta do indivíduo para manter sua identidade em meio à coletivização institucional.É uma obra surpreendentemente sólida e sofisticada. Em vez de recorrer a efeitos fáceis, o autor constrói sua crítica à estrutura institucional a partir da observação fina, do humor contido e da dor interiorizada de seus personagens. A história, ambientada em um universo de repartições, regulamentos e chefias opacas, transforma o que poderia ser burocrático também na forma em material literário potente e lírico.O Burocrata não apenas afirma Lucas Pergon como uma nova voz na literatura contemporânea, mas insere sua obra entre aquelas que conseguem, com delicadeza e firmeza, dizer o indizível — ou, ao menos, sussurrá-lo entre carimbos, memorandos e corredores mal iluminados.
1. Porque ser engolido pelo sistema nunca pareceu tão palpável
Arthur começa como aquele cara que muita gente já foi (ou sonhou em ser): alguém que acredita que pode mudar as coisas por dentro. Mas o tempo, a rotina, os relatórios, as metas e a rigidez do sistema logo mostram que nem sempre idealismo e estrutura conseguem coexistir. E aí vem a pergunta que move o livro: como resistir sem se perder? Lucas Pergon traduz isso com uma precisão desconfortável — e muito necessária.
2. Porque o texto tem um lirismo ácido e enxuto que encanta
O estilo de escrita é um dos pontos altos. Há uma ironia seca, quase burocrática (no melhor sentido possível), que transforma o ordinário em poesia. Cada frase parece medida, pesada e liberada como se tivesse passado por uma triagem interna. Isso dá ao livro uma força narrativa silenciosa, que vai crescendo devagar — e quando você percebe, já foi fisgado. Tem humor, tem crítica, tem dor e até um pouco de ternura em meio ao concreto.
3. Porque o livro fala com quem já engavetou um ideal pra sobreviver
Talvez o maior acerto do livro seja justamente esse: ele não tenta prever o apocalipse das máquinas. Ao invés de pintar um futuro distópico, Córdova prefere olhar pro presente — e mostrar que o verdadeiro risco é a desinformação. Ele nos convida a enxergar a IA nas pequenas ações do dia a dia, entender seu funcionamento básico e aprender a conviver com ela de forma mais crítica. É uma leitura que, no fim das contas, fala muito mais sobre a gente do que sobre os robôs.
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!
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