Organizadores: Antonio Carlos Matos da Silva
Editora: LabradorAno de publicação: 232
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"Equilíbrio, Estrutura & Estratégia traz uma nova abordagem sobre cultura organizacional, diversidade, liderança, importância da execução, as crescentes demandas em ESG (Environmental, Social, Governance) e inovação.Inspirado em analogias cuidadosamente elaboradas entre dois mundos que, à primeira vista, parecem distantes — a produção de vinhos finos e a gestão de empresas —, o autor apresenta questões enriquecedoras que facilitam a compreensão das dinâmicas empresariais por meio das etapas de produção de vinhos.Com uma base sólida em revisão de literatura, ele destaca as práticas eficazes e os pontos de atenção que líderes e gestores devem considerar ao transformar suas organizações. A jornada proposta pelo autor inspira aqueles que buscam novas perspectivas e compreendem que, assim como a produção de um bom vinho, o caminho importa tanto quanto o destino."
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Equilíbrio, estrutura e estratégia: como a arte do vinho pode inspirar a gestão organizacional, lançado pela editora Labrador. O livro é de autoria de Antonio Carlos Matos da Silva e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
A resenha de hoje traz uma leitura que foge um pouco do que costumo trazer aqui, mas que me pegou completamente pela proposta. Não é segredo que livros que misturam áreas diferentes me ganham fácil, principalmente quando conseguem fazer isso de forma honesta e fluída quanto nesse livro.
Aqui, o autor propõe um encontro entre dois mundos que, à primeira vista, parecem distantes: a vinicultura e a gestão de empresas. E o mais curioso é que, quanto mais a leitura avança, mais essas duas realidades se revelam complementares.
Inspirado por suas experiências em vinícolas da França, Antonio Carlos transforma as etapas de produção de um bom vinho em reflexões sobre cultura organizacional, liderança, ESG e diversidade. Ele traça paralelos entre o solo onde nasce a uva e os valores que moldam uma empresa; entre a paciência no amadurecimento da fruta e o tempo necessário para formar bons líderes; entre a mistura das castas que gera vinhos complexos e a importância da diversidade nos times.
A leitura é fluida e muito acessível, mesmo para quem não entende nada de vinhos ou gestão (o que é muito o meu caso). O que me encantou foi justamente essa capacidade de tornar conceitos densos em algo próximo e simples de ser compreendido.
Além da escrita fluida e das analogias bem costuradas, o livro também traz um diferencial visual: ao longo dos capítulos, encontramos ilustrações, tabelas explicativas e alguns cases práticos que ajudam a visualizar os conceitos apresentados.
Gostei muito da analogia entre as estações do vinhedo e os ciclos empresariais. É simples, mas eficaz: há tempo de plantar, de esperar, de colher e de revisar. Uma empresa, como um vinho, precisa respeitar seus processos para atingir o ponto certo. Outro capítulo que me marcou foi o que fala sobre responsabilidade corporativa a partir da viticultura sustentável. O autor mostra como práticas conscientes no campo podem servir de modelo para estratégias mais humanas e duradouras nas empresas.
O livro também conversa muito bem com quem atua em RH, desenvolvimento de pessoas e liderança. Ele não traz fórmulas prontas, mas provoca boas perguntas. Que tipo de cultura estamos cultivando? Quais talentos estamos deixando amadurecer? Que legado queremos engarrafar?
Equilíbrio, Estrutura e Estratégia foi uma leitura que me surpreendeu pela forma sensível e inteligente de abordar temas sérios, sem perder o charme da metáfora. Recomendo para quem está em posição de liderança, trabalha com gestão de pessoas ou simplesmente gosta de refletir sobre como fazemos o que fazemos.


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