19 de setembro de 2025

RESENHA: TIMBRE MAGISTA



Organizadores: Cuca Nuñes
Editora: Lendari Entertainment
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Aos 97 anos, Sigard, um mago analfabeto — e um tanto quanto evasivo —, vive isolado da sociedade magista em sua torre. Após ouvir Todas as Histórias do Mundo e pretensamente descobrir o próprio destino, ele vai atrás do Arauto da Verdade a fim de concretizá-lo. Em vez disso, recebe uma bela bronca e uma nova missão: encontrar os demais Arautos. Ao longo da jornada, se depara com aliados inusitados (uma pedra falante, um titereiro de meia-tigela, uma senhorinha braba…) e inimigos com habilidades excepcionais.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O timbre magista, lançado pela editora Lendari Entertainment. O livro foi escrito por Cuca Nuñes é resenha é de Leonardo Santos.   


Desde a sinopse eu já esperava algo inusitado, mas nada me preparou para o nível de criatividade e humor que encontrei nessas páginas. É o tipo de fantasia que lembra o espírito brincalhão de Douglas Adams, mas com identidade própria: debochada, ágil e absurdamente inventiva.

O protagonista aqui é Sigard, um mago de 97 anos que, não sabe ler. Ele vive isolado em sua torre, fugindo tanto do mundo magista quanto das responsabilidades que insistem em bater à sua porta. Depois de ouvir Todas as Histórias do Mundo e acreditar que descobriu seu destino, ele vai atrás do Arauto da Verdade. O que recebe, no entanto, é uma bronca épica e uma missão ainda maior: encontrar os outros Arautos espalhados pelo mundo.


A jornada que se segue é deliciosa justamente porque Sigard não é o herói clássico que esperamos. Ele é rabugento, teimoso e, ao mesmo tempo, irresistivelmente carismático. 

Ao longo do caminho, cruza com uma galeria de personagens tão improváveis quanto memoráveis: Sorgocox, seu lacaio atrapalhado; Oswaldo, o mago que dá uma força na busca pelo Arauto da Inverdade; Ygraine, a antiga Senhora dos Escudos, que guarda mais do que um ou dois segredos; além de criaturas como os Dogons, e Lybor, um pequeno vampiro que é puro caos. Ah, e claro: não posso esquecer de Chapisco, o dragão derrotado por Sigard e que o deixou tão famoso. 

O que mais me chamou atenção na escrita de Cuca é a leveza. Os capítulos são curtos e certeiros, sempre entregando algo; seja uma piada espirituosa, um enigma ou uma virada de enredo. 

É uma fantasia que não se leva a sério demais, mas que ainda assim consegue criar tensão, vilões perigosos (como Maquian, o umbrátil) e pequenas lições escondidas nas entrelinhas. A sensação é de estar lendo uma aventura contada por um amigo espirituoso, alguém que sabe quando debochar e quando dar peso às coisas certas.


É também um livro que conversa bem com diferentes públicos. Dá pra imaginar uma criança de doze anos se divertindo tanto quanto um adulto cansado querendo relaxar depois de um dia pesado (o que acabou sendo o meu caso). 

O Timbre Magista me conquistou justamente por não tentar ser grandioso demais: ele é espirituoso, despretensioso e inteligente. Se você curte fantasia com humor afiado, personagens fora do comum e uma narrativa que esvazia a cabeça enquanto ainda entrega pequenos lampejos de sabedoria, esse é um título que merece sua atenção. Cuca Nuñes prova, logo de cara, que é um nome pra ficar de olho na literatura fantástica nacional.

 









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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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