Organizadores: Carlos Augusto
Editora: IndependenteCompre através deste link.
A importância desta história está refletida no espaço que ocupa no livro de Juízes e sua inclusão numa lista chamada "tão grande nuvem de testemunhas", em outro livro bíblico, XIII séculos depois.Nesta obra, Carlos Augusto acompanha cuidadosamente a narração do escrito sagrado desde o seu início, antes do nascimento de Sansão, até o final, com sua morte.Bacharel em Teologia, trinta anos contribuindo com o ensino nas igrejas onde congrega, e depois de lançar seu primeiro livro, o autor nos apresenta mais este fruto do labor através dos dons com os quais o Senhor o agraciou.Como Sansão foi um mistério para os filisteus, detendo-os durante todo o seu ministério e deixando seu legado?.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje a resenha é de A Jornada de Sansão: Sabedoria e Coragem, escrito por Carlos Augusto e publicado de forma independente. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Aqui acompanhamos a trajetória de Sansão desde antes mesmo de seu nascimento, quando sua chegada é anunciada como promessa, até o desfecho pesado e conhecido da sua história. Carlos Augusto revisita o texto bíblico como quem abre um manuscrito que carregou por anos no bolso: com familiaridade, mas também com a atenção de quem sabe que, em certos trechos, o sentido só aparece para quem olha duas vezes.
Sansão surge mais do que o herói impulsivo que a memória coletiva costuma guardar. O autor trabalha sua figura como um ponto de interseção entre força, falha e destino; faz isso costurando pequenos ensaios teológicos no meio da narrativa.
O livro traz uma tonalidade quase lírica quando reflete sobre fé e humanidade. Não é uma abordagem cheia de proselitismo, tampouco uma tentativa de enquadrar a história em fórmulas prontas. Carlos Augusto se permite pensar essa narrativa como algo vivo, que ainda captura nossas dúvidas, medos e convicções. A fé aqui aparece mais como uma lente que ilumina, incomoda, e às vezes provoca aquele estranhamento bom!
Tem momentos em que o texto parece tocar um campo mais filosófico, como se Sansão fosse um espelho torto no qual cada leitor enxerga uma fração própria. É nesse jogo de força e fragilidade que o autor encontra sua cadência. E, mesmo quando puxa reflexões densas, tudo permanece acessível. A escrita tem essa fluidez de quem sabe equilibrar peso e clareza.
No fim das contas, A Jornada de Sansão funciona como um resgate do aspecto humano dessa história tão antiga, mas também como uma leitura que convida a um tipo de introspecção que não depende da religião do leitor. É um livro que tenta recuperar o vigor dessa narrativa e entregá-la com textura, com cuidado, com aquela sensação de que a palavra, quando bem tratada, carrega mundos inteiros.
Não é o tipo de leitura que se devora numa sentada, ela exige pausa, pede fôlego, mas o resultado é bem interessante. Fechei o livro com a impressão de ter escutado uma história familiar contada por alguém que encontrou nela novas formas de enxergá-la. E, sinceramente, esse é o tipo de reencontro literário que mais gosto de ter.



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