Organizadores: Tati Riceli
Editora: IndependenteCompre através deste link.
“Tati Riceli escreve como quem abre uma janela depois de anos com a cortina fechada: sem prometer paisagens perfeitas, mas deixando o ar entrar. Em cada página, há vestígios de um reencontro possível, com o corpo, com a rotina, com aquilo que deixamos para depois. Entre memórias afiadas e metáforas delicadas, ela transforma a própria travessia em espelho sutil para quem também anda se esquecendo de si.Não é livro de receitas, nem de palco iluminado. É conversa de alma lavada, com bom humor e sem atalhos. Uma companhia lúcida para quem quer seguir, mesmo tropeçando. Porque às vezes o que salva não é a chegada, mas o gesto corajoso de se escolher no meio da caminhada. Não é um manual. É companhia. É um lembrete de que a gente não precisa de um recomeço épico para se transformar, só de um passo sincero na direção de si."
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje a resenha é de um livro que terminei agora há pouco e que me deixou bastante reflexivo. O título é “Quando o Processo Me Pegou Pelo Braço: Com Licença, Estou Me Reencontrando”, escrito pela Tati Riceli e publicado pela Ipê das Letras. A resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Neste livro, Tati apresenta sua trajetória pessoal de forma direta e honesta. Em capítulos curtos, ela revisita lembranças da infância, da adolescência e da vida adulta, explorando como sua relação com o corpo, com a alimentação e com a saúde se formou ao longo dos anos. A narrativa é construída a partir de episódios reais, organizados de modo claro e acessível.
Logo no início, acompanhamos relatos da adolescência da autora: um período em que ela recorria ao humor para lidar com inseguranças e evitar julgamentos. Esses momentos ajudam a compreender como determinados comportamentos alimentares se tornaram parte da rotina dela, muitas vezes sem que percebesse o impacto que isso causava na saúde e no bem-estar.
Ao avançar na leitura, chegamos ao período em que Tati passa pelo processo bariátrico. Ela descreve as expectativas que tinha e, posteriormente, a constatação de que a mudança não depende apenas do procedimento. A cirurgia altera o corpo, mas a reorganização emocional e mental exige outro tipo de esforço, mais contínuo e consciente. Essa fase do livro é especialmente importante, porque evidencia a complexidade do processo de mudança.
A escrita da autora é objetiva e fluida. As frases são curtas e dão ritmo à leitura, que se torna rápida sem perder a profundidade das reflexões. Ao final de alguns capítulos, Tati inclui pequenos “dicionários de emoções”, nos quais define sentimentos presentes naquelas páginas. Esses trechos ajudam a estruturar e contextualizar certos momentos vividos por ela.
É fundamental destacar que este não é um livro de autoajuda. Tati não oferece soluções prontas nem tenta guiar o leitor passo a passo. O que ela faz é compartilhar sua experiência de forma transparente, permitindo que cada pessoa identifique, por conta própria, aspectos que possam dialogar com sua própria vida.
“Quando o Processo Me Pegou Pelo Braço” é um livro sincero sobre mudança, consciência e amadurecimento. Acompanhar o percurso de Tati, desde as primeiras percepções sobre si mesma até a reconstrução de hábitos e pensamentos, torna a leitura envolvente e significativa.
Indico muito essa obra, especialmente para quem busca entender melhor seus comportamentos ou está passando por períodos de reestruturação pessoal. Até a próxima!




















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