Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler “Quando o Processo Me Pegou Pelo Braço: Com Licença, Estou Me Reencontrando”, escrito pela Tati Riceli e publicado pela Ipê das Letras
“Tati Riceli escreve como quem abre uma janela depois de anos com a cortina fechada: sem prometer paisagens perfeitas, mas deixando o ar entrar. Em cada página, há vestígios de um reencontro possível, com o corpo, com a rotina, com aquilo que deixamos para depois. Entre memórias afiadas e metáforas delicadas, ela transforma a própria travessia em espelho sutil para quem também anda se esquecendo de si.Não é livro de receitas, nem de palco iluminado. É conversa de alma lavada, com bom humor e sem atalhos. Uma companhia lúcida para quem quer seguir, mesmo tropeçando. Porque às vezes o que salva não é a chegada, mas o gesto corajoso de se escolher no meio da caminhada. Não é um manual. É companhia. É um lembrete de que a gente não precisa de um recomeço épico para se transformar, só de um passo sincero na direção de si."
1. A honestidade que atravessa cada capítulo
O que mais me pegou foi a forma como a Tati encara o próprio passado sem tentar suavizar nada. Ela revisita momentos da infância e da adolescência com um olhar que mistura vulnerabilidade e lucidez, construindo uma narrativa que coloca o leitor ao lado dela. A maneira como ela fala sobre os hábitos que surgiram sem que percebesse, e o peso que esses comportamentos carregaram ao longo da vida, cria uma identificação rápida. É um texto direto, que não tenta ensinar nada, mas acaba provocando reflexão.
2. A profundidade emocional por trás da bariátrica
O período da bariátrica talvez seja a parte mais forte do livro. A Tati não trata a cirurgia como uma linha de chegada, e sim como uma virada que exige outra reorganização muito maior, aquela que acontece por dentro. Ela mostra que o corpo muda, mas que isso não resolve tudo por mágica, e que o enfrentamento emocional continua ali, pedindo atenção. Esse recorte deixa muito claro como processos de transformação são mais complexos do que costumam parecer, e isso faz a leitura tocar em lugares delicados de forma muito consciente.
3. A escrita fluida que transforma a experiência em diálogo
Os capítulos curtos, a objetividade e até os pequenos “dicionários de emoções” ao final de algumas partes ajudam a dar ritmo à leitura. A impressão que fica é que a autora está sentada à sua frente, explicando o que sentiu quando não conseguia nomear certas emoções. É nesse formato mais íntimo que o livro encontra sua força, porque não se apresenta como guia nem manual. Ele só compartilha, e essa simplicidade abre espaço para que cada leitor reconheça algo de si ao longo das páginas.
E aí, ficou curioso? Comece agora mesmo a ler esse livro!




















.png)
.png)

