Organizadores: Fabio Oliveira De Béda
Editora: Casa 7Compre através deste link.
Prepare-se para uma jornada épica em A Fantástica Aventura de Erutan , um conto que une mistério, bravura e a defesa inabalável da natureza. Erutan e Potira, dois jovens indígenas de beleza estonteante, são os protagonistas de uma busca extraordinária por uma solução para um enigma que desafia a compreensão: um misterioso brilho verde que rasga os céus de todos os continentes. Essa luz surpreendente, veloz e luminosa, culmina em uma explosão devastadora na aldeia da tribo de Erupotí, coincidentemente, no exato momento em que duas crianças nascem. Sem saber, esses recém-nascidos estão destinados a se tornarem, no futuro, o cacique e a líder dos guerreiros de Erupotí.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A Fantástica Aventura de Erutan: O Mistério da Pedra Verde, lançado pela Casa7 Editora. O livro é de autoria de Fábio de Oliveira Béda e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
A história começa em 1986, quando um fenômeno misterioso corta os céus do planeta inteiro com um brilho esverdeado. Esse evento coincide com o nascimento de Erutan e Potira, em uma aldeia indígena brasileira, e desde o primeiro capítulo já fica claro que aquela luz não foi só um espetáculo visual, mas o início de algo muito maior. Dezoito anos depois, o mistério segue sem respostas, enquanto o mundo inteiro ainda tenta entender o que, afinal, caiu do céu naquela noite.
Erutan cresce e se torna líder de seu povo, ao lado de Potira, uma guerreira forte, estratégica e essencial para o equilíbrio da aldeia. Quando pistas indicam que o brilho verde pode estar ligado a uma pedra de valor incalculável escondida na floresta, a região passa a ser alvo de interesses externos. Cientistas, militares e governos estrangeiros entram em cena, e a selva deixa de ser apenas um lar para se tornar um território ameaçado.
O conflito central do livro nasce justamente desse choque: de um lado, um povo que luta para proteger sua terra, sua cultura e a natureza; do outro, a ganância travestida de pesquisa científica, progresso e autoridade política. Béda constrói essa tensão de forma bem direta, apostando em uma narrativa que mistura aventura, crítica ambiental e uma visão idealizada, mas sincera, da relação entre os povos indígenas e a floresta.
Um ponto que chama atenção é o tom quase didático da obra. O autor não tem medo de explicar conceitos, contextualizar instituições como a FUNAI ou até inserir notas explicativas ao longo do texto. Isso pode quebrar um pouco o ritmo em alguns momentos, mas também deixa claro o propósito do livro: comunicar, conscientizar e formar leitores, especialmente os mais jovens.
Erutan é um protagonista clássico, íntegro, corajoso e guiado por valores coletivos. Potira, por sua vez, rouba muitas cenas e funciona como o verdadeiro cérebro estratégico da resistência. A relação entre os dois adiciona uma camada emocional importante à trama, principalmente quando a narrativa avança para momentos de perda, risco real e escolhas difíceis.
O mistério da Pedra Verde funciona menos como um objeto mágico tradicional e mais como um símbolo. Ela representa riqueza, poder, destruição e, ao mesmo tempo, a urgência de preservar aquilo que não pode ser substituído. A aventura cresce em escala, envolve perseguições, armadilhas na selva, embates com forças armadas e alianças inesperadas, sempre mantendo o foco na defesa da terra e da vida.
Que leitura incrível! A Fantástica Aventura de Erutan aposta mais na mensagem do que na complexidade narrativa. Não é um livro preocupado em subverter estruturas do gênero, mas sim em contar uma história acessível, cheia de propósito e com um posicionamento muito claro. É fantasia com pé no chão, aventura com consciência social e um convite direto à reflexão sobre exploração, meio ambiente e respeito aos povos originários.
Fiquei com a sensação de que esse primeiro volume funciona como uma grande introdução: apresenta o mundo, os personagens e o conflito principal, deixando espaço para que a história cresça e se torne ainda mais intensa nos próximos livros. Para quem busca uma leitura nacional, com aventura, crítica ambiental e um coração muito bem posicionado, Erutan é um nome que vale a pena conhecer.





















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