Armada
Autor: Ernest Cline
Editora: Leya
Páginas: 429
Resenha escrita por: Leonardo Santos
Durante toda a sua vida, Zack Lightman quis que o mundo real fosse menos chato. Segundo ele, a realidade poderia ser mais parecida com o universo dos livros de ficção científica, filmes e videogames. Poderia acontecer algo fantástico para que sua vida deixasse de ser monótona, levando-o a uma aventura – e por que não uma aventura espacial? Apesar disso, Zack diz a si mesmo saber a diferença entre a fantasia e a realidade e que jogadores de videogames adolescentes e sem objetivos na vida não são os salvadores do universo. Então, um dia, durante a aula de matemática, ele a vê pela janela: uma nave que se parece com o caça Glaive do videogame on-line de simulação de voo que ele joga todas as noites, Armada, que tem como objetivo proteger a Terra de uma invasão alienígena. Agora isso está realmente acontecendo. E suas habilidades, assim como as de milhões de jogadores no mundo, são necessárias para salvar o planeta da destruição.
Fala galera do Porão Literário, mês de novembro começando e com ele uma resenha nova, o livro da vez é Amarda, de Ernest Cline! Estava a muito tempo animado pelo novo livro de Cline justamente pelo livro anterior do autor, Jogador Número 1 me deixou extasiado quando eu o li anos atrás.
Na história, Zack é um garoto comum que vive em uma rotina bem básica entre seus estudos no colégio, trabalho em uma loja de games, a fuga do rapaz está em Armada, um jogo de realidade virtual onde o mundo está em constante ataque por alienígenas, e cabe aos jogadores se tornarem pilotos de drones capazes de representar uma ameaça contra as invasões.
Zack desenvolveu seu vício por ficções científicas desde criança devido a figura de seu pai, do qual morreu em um acidente a muitos anos atrás. Seu pai era viciado em filmes, livros e games do gênero, todas suas revistas, histórias em quadrinhos e filmes ficaram para seu filho, que devorou todo aquele conteúdo como uma tentativa de aproximação com seu pai falecido.
A rotina do protagonista continua de forma tediosa, isso até o dia em que Zack avista uma nave através das janelas de sua sala de aula, no começo tudo parece ser uma alucinação, pois a nave é idêntica a do jogo Armada, porém... o que parecia ser excesso de horas jogando se torna uma ameça mundial.
Pois bem, como eu disse estava muito ansioso para ler Armada, pois adoro como Ernest Cline deposita milhões de referências ao mundo pop de forma que faça sentido a história em que ele quer contar, e eu, sendo o nerd que sou, adoro. Entretanto não senti a mesma fascinação lendo Armada do que senti lendo Jogador Número 1.
Os elementos que tornam a escrita do autor tão incríveis estão presentes em Armada, porém de forma desconexa. Alguns dos problemas que eu encontrei lendo o livro são a falta de aprofundamento dos personagens e clichês jogados aqui e ali. Em Armada, não consegui criar uma conexão real com nenhum personagem, isso porque não temos tempo para isso, os capítulos onde os momentos de ação se desenvolvem ocupam grande parte da história e não oferece espaço para desenvolver os personagens.
Os clichês também me incomodaram um pouco, isso porque um dos pontos em que o protagonista sempre toca é em como as invasões alienígenas seguem todo o mesmo script na literatura e nos filmes do gênero, quase que como uma crítica, entretanto chegando na parte final da história alguns dos mesmos clichês são criticados.
Entretanto, o livro tem ótimos momentos. Como eu disse referências são um ponto forte do autor, que capricha nas homenagens a Mad Max, Star Wars, filmes do Spielberg e jogos arcade dos anos 80, eles funcionam e dão um ar mais descontraído, nos aproximando um pouco dos personagens (mesmo que seja de forma rasa).
Já sobre o desfecho da história, eu gostei bastante por tentar fugir ao máximo dos clichês que temos em filmes e livros do gênero, sinceramente foi o que mais me empolgou. Mas ainda assim, o excesso de momentos de ação me cansou um pouco, e em algumas partes eu ficava ansioso para terminar logo.
No geral foi uma decepção, o livro parece ter sido feito para ter uma adaptação de sucesso comercial, pois os elementos aqui funcionariam mais como um filme de sessão da tarde repleto de efeitos especiais, história rasa e clichês interessantes do que um livro de 400 páginas.
Ah, que pena... clichês são extremamente decepcionantes mesmo.
ResponderExcluirPois é, fiquei meio triste. Mas faz parte
ExcluirOlá. Apesar de você achar cliche um pouco desnecessário, é uma coisa que adoro e, por isso, com certeza eu vou ler essa obra.
ResponderExcluirFico muito feliz que tenha gostado!
ExcluirMenina,
ResponderExcluirque crítica verdadeira! Acho que nunca tinha lido algo assim em qualquer blog que seja!
Poxa, que bom que você avisou! Também odeio clichês e obras puramente comerciais!
Vou passar longe, com certeza!
PS: e que fotos lindas que você arrumou! Está de parabens!
Aah muito obrigado Lucas, temos que ser sinceros na resenha né
ExcluirNão achei cliche gostei muito do post, das fotos ficou bem bacana!
ResponderExcluirhttps://keilycesporkeilaluciablog.blogspot.com/
Muito obrigado pela visita!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirQue pena que o segundo livro não deu tão certo... Conheci Jogador Número 1 pela adaptação para o cinema que ficou muito bom! Também adoro referências!!
Abraços!
O livro tem seus méritos, viu, mas peca bastante também ):
ExcluirAbraços
Olá
ResponderExcluirQue pena que o livro tenha te decepcionado, eu gosto muito de livros com muitas referências então acho que vou me arriscar nesse, espero gostar mais.
Se arrisca sim, e me fala o que achou depois
ExcluirSer escritor é bem isso né? Escrever uma obra prima e em seguida se perder no domínio... Muitas vezes isso nem está nas mãos do próprio, mas no eco que um livro encontra ou não nos seus leitores, sei lá...
ResponderExcluirVi que esse segundo livro não te agradou tanto, o que é uma pena. Em todo caso, parabéns pelo post e pela resenha!
Oi Malu, realmente isso acontece bastante, infelizmente.
ExcluirMas muito obrigado pela visita
Olá!
ResponderExcluirQue pena que você se decepcionou com a leitura.
Eu adorei o filme do Jogador número 1, quem sabe um filme baseado em Armada não fica bom, né?
Abraços
Acho que um filme ficaria excelente, só como livro decepciona um pouco mesmo
ExcluirApesar de ñ ser meu gênero de livro eu esperava um pouco mais de aventura um final diferente, não assistir o filme ainda por falta de tempo mais eu espero q me surpreenda .
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirEsse é um livro bem criticado e ainda assim eu acabei comprando em uma promo da Americanas, paguei uns 5 ou 7 reais, decidi arriscar. É uma pena que o livro não te conquistou totalmente. Gostei da sinceridade!
Abraço!
Então, eu comprei nessa promoção também mega animado, mas confesso que me decepcionei um pouco mesmo ):
ExcluirNão achei clichê, que por sinal eu adoro!
ResponderExcluirBom texto, vou conferir a obra. Valeu!!!
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