Educação não Violenta foi um dos livros que veio no kit de Setembro do Clube Da Vinci. O clube funciona através de uma assinatura mensal, nele existem vários planos que abordam gêneros literários diferentes, para conhecer mais sobre o Clube da Vinci você pode clicar neste link. Enfim, o livro é da autora Elisama Santos, uma educadora brilhante que atua na área da educação dando palestras e workshops para pais e professores.
O livro retrata justamente o método de educação que cada vez vem sendo abraçado pelas famílias e educadores de todo o mundo, isso porque seus resultados são muito mais eficientes e humanizados do que a cultura normativa que temos de educação. Justificar obediência através das famosas "palmadas" sempre foi um argumento utilizado pela sociedade na função de educar alguém, esse comportamento é visto como normal e aceitável por grande parte da população, entretanto, é necessário jogar um estudo sobre o que essa obediência forçada cria na mente de uma criança.
Elisama Santos retrata muito bem essa questão em seus argumentos utilizados, reforçando então o imediatismo que a violência trás da educação. Afinal, bater no filho para "ensinar" que a atitude que ele tomou está errada pode na hora parecer eficaz, já que a criança para de praticar aquela ação, mas, será que ela realmente entendeu o porquê aquilo é errado? Ou só parou por medo de apanhar novamente? Essa questão quando evidenciada parece ter uma resposta óbvia, porém muitos não a enxergam.
A autora não só evidencia esse problema como, através de relatos reais de pessoas que pediram seu auxílio e de sua própria vivência, tece construções saudáveis para melhorar os relacionamentos de adultos e crianças, o modo de se portar e fazer com que a criança consiga entender o que sente para que possa conversar sobre isso.
Essa postura dialógica é EXTREMAMENTE importante e eu concordei com a autora durante toda a minha leitura, associei também vários de seus exemplos a minha infância e adolescência. Elisama consegue construir o livro de forma incrível! Já estou indicado e emprestando a algumas amigas minhas que já são mães na intenção de propagar essa cultura de não violência. Logo, Educação não Violenta tornou-se uma das minhas melhores leituras do ano!