18 de maio de 2020

RESENHA: CANDYMAN


CANDYMAN
Autor(a): Clive Barker
Editora: DarkSide Books

Páginas: 99
Ano de publicação: 2019
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Não é lenda urbana: Candyman está de volta. Você tem coragem de ler a história que deu origem a um dos personagens mais assustadores do cinema? Então prepare-se para a edição exclusiva, em capa dura, de mais uma obra-prima de Clive Barker, num livro doce e sangrento como só a DarkSide® Books poderia lançar. Em 1992, os fãs de filmes slasher ganharam um novo motivo para ter medo da escuridão. Um assassino sobrenatural que dilacerava sem perdão todos aqueles que ousavam repetir cinco vezes o seu nome: Candyman. O personagem, encarnado pelo ator Tony Todd, se tornou um bicho-papão coletivo de pelo menos duas gerações que cresceram rebobinando clássicos do terror em VHS. Mas muitos ainda não tiveram a chance de entrar em contato com a entidade original. Candyman nasceu da mente genialmente doentia de Clive Barker. Sua primeira aparição aconteceu em 1985 como uma novela literária (com o título The Forbidden), publicada em uma das muitas coletâneas do autor.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha irá começar com uma pergunta bem simples: Do que você tem medo? Bom, antes de responder, repense com cuidado qual é o seu maior medo, pois ele pode ser outro depois de terminar esta resenha.



A figura do Candyman com certeza se popularizou muito nas últimas décadas. Publicado originalmente em 1984 com o título The Forbidden (O Proibido em tradução livre), sendo este um conto retirado do livro de Clive Barker intitulado Livros de Sangue. Entretanto, Candyman ganhou certa notoriedade, isso também graças as adaptações que foram feitas na década de 90. Mas vamos ao conteúdo original, sim? 
Helen é uma universitária prestes a entregar sua tese para enfim, se formar. Seu objeto de estudo são as pichações encontradas lugares públicos. Na busca de entender o porquê elas estão ali e o que significam, a protagonista encontra bastante material para sua pesquisa no conjunto habitacional Spector Street, uma das periferias da cidade onde mora. Ali, Helen encontra diversas pichações em um apartamento abandonado, entretanto uma chama mais a sua atenção, de um poder quase hipnótico, a gigante gravura de um rosto a convence a retornar outra vez com uma iluminação melhor para suas fotos. 

Ao entrar em contato com a população de Spector Street, Helen fica horrorizada com as histórias de assassinatos cometidos na região, ao que parece existe um sádico que mata suas vítimas e as esquarteja, sem antes tirar os olhos delas com um gancho. No entanto, cada morador tem uma história mais absurda para contar, e Helen começa a suspeitar do que pode ser verdade ou não. 

Pra começar, fiquei surpreso ao pegar o livro e ver que ele tinha cerca de 90 páginas, sendo catalogado como um conto. Comecei a ler sem pretensão alguma, esperando uma história básica de terror com um final um tanto vago, mas por sorte minha experiência foi muito além do que eu poderia esperar. 

Candyman se configura como um horror psicológico de primeira, nos fazendo questionar tudo aquilo que consideramos por horror. Afinal, o que lhe causa mais medo? Ao lermos algo assustador, podemos nos sentir mal (assustados, até), mas garanto que ao ouvir alguém narrando algo macabro ou nefasto, a sensação de horror será bem maior! É isso que a protagonista experimenta no conto, ao ouvir os moradores de Spctor Street contando tantas atrocidades, sua mente é aguçada pela curiosidade de verificar se aquilo realmente aconteceu. 
Nós, como leitores, temos mais dicas do que a protagonista, entretanto o que mais me aliviou é que ela não age de forma burra, pelo contrário. Criei grande empatia por ela durante toda a história. 

Um outro ponto bem interessante é a perspectiva filosófica da própria figura do Candyman, os diálogos dele com outros personagens são MUITO bons e podemos ter uma perspectiva maior a respeito da mitologia do próprio personagem.

No geral a leitura me agradou muito! Candyman consegue manter você na ponta da cadeira durante suas 90 páginas, ansiando a próxima. Enquanto ao clímax e o final, vale cada arfada de ar que perdemos!

8 comentários:

  1. Olá! Acabo de conhecer seu blog e muito me agradou. Depois da sua resenha me deu uma forte vontade ler esse conto. Na verdade, eu assisti ao filme há anos atrás, e, confesso, amei! Quero voltar a assisti-lo também. Sua resenha me empolgou muito, hehe. Voltarei sempre!

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  2. Olá!
    Não sabia que se tratava de um livro. Já ouvi falar dos filmes, recentemente foi filmada uma nova versão pelo mesmo produtor de Corra e Nós. Parece que será excelente também. Mas claro que, como leitora, nada como o livro para nos explicar melhor as coisas e dar detalhes deliciosos que o cinema deixa de fora.

    Abraços!

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  3. Já vi alguns filmes sobre o personagem, realmente bem aterrorizador, mas não li o livro. Vou procurar para ler e conhecer mais detalhes.

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  4. Fiquei com vontade de ler, gosto bastante de livros de terror. Ótima resenha!

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  5. Adoro um livro de terror, já ouvi falar na história, entretanto nunca li o livro e foi ótimo passar aqui para ler a sua resenha, já me interessei!

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  6. Nossa parece bem assustador só pelas fotos, antes eu amava livro de terror, hoje já não são minha praia. A leitura parece ser empolgante mesmo, para um apreciador de terror e suspense é um prato cheio mesmo. Valeu pela Resenhar.

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  7. Olá!
    Acabo de conhecer seu blog e muito me agradou. Depois da sua resenha me deu uma forte vontade ler esse conto... Embora, os filmes de terror não sejam a minha praia.

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  8. Olá Léo,
    Não conhecia esse livro, mas parece ser bom pela sua resenha. Só me faz lembrar de duas amigas que adora esse gênero. Gostei de como abordou a história e amei as fotos.
    Abraços

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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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