Audrey Rose, uma detetive determinada e independente que vive na Londres do século XIX. Além do trabalho para a polícia londrina, Audrey tem aulas de autópsia forense com seu tio um tanto quanto excêntrico. No primeiro volume dessa história, uma série de assassinatos toma palco da capital e Audrey é encarregada de fazer o que nenhum homem da polícia conseguiu: descobrir a identidade do assassino que ganha cada vez mais a atenção pela crueldade de seus crimes.
No entanto as coisas não são tão fáceis para a jovem detetive visto que ela precisa trabalhar de modo discreto, já que seu pai (um influente senhor da sociedade londrina) não faz nem ideia do ofício praticado por sua filha. Para manter sua profissão em sigilo Audrey conta com seu irmão, o protetor Nathaniel; e seu parceiro de investigação, o extremamente sarcástico Thomas.
Vou dizer logo de cara que comecei a ler esse livro com expectativas bem altas e olha: elas foram atendidas. Desde antes de começar a leitura eu já estava animado para conhecer Audrey Rose e também queria entender o porquê de tanta aclamação com essa série, mas agora que eu li o primeiro (e estou acabando o segundo), consigo entender os motivos que fizeram tantas pessoas se apaixonarem por essa história.
Inclusive eu apontei alguns dos motivos em um post especial que você pode conferir
clicando aqui! Mas enfim, vamos a minha síntese.
Audrey realmente é uma mulher brilhante, isso porque ela resiste bravamente em se encaixar aos parâmetros estruturais daquela sociedade vitoriana. Ao mesmo tempo em que Audrey gosta de admirar vestidos bem-feitos, adora realizar uma boa autópsia ou então fazer deduções nas aulas privadas que tem com seu tio.
Já em questão da narrativa, ela avança de uma forma espetacular e repleta de personalidade, a autora consegue criar um ambiente que nos intriga e também nos faz divertir, isso porque os personagens são maravilhosos e acabam te instigando a conhecer mais sobre eles e o cenário do qual eles estão envolvidos.
Além disso, a descrição de Kerri é precisa quando tem que ser, as cenas de autópsias são ricas em detalhes e a descrição dos crimes são um prato em cheio pra quem gosta do gênero, e em muito ele pode ser associado com o caso real de Jack estripador, o que torna a narrativa bem mais verossímil.
Já sobre o plot final: eu achei eletrizante! Não esperava aquele twist final (mas eu realmente sou bem ruim em descobrir quem é o culpado em thrillers investigativos) e acabei me surpreendendo bastante com o rumo tomado pela história, o que me deixou bem curioso para ver quais seriam as consequências na continuação, que em breve terá resenha publicada aqui!