9 de janeiro de 2022

RESENHA: JANE EYRE

JANE EYRE
Autor(a): Charlotte Bronte
Editora: Zahar

Páginas: 768
Ano de publicação: 2021
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Muito à frente de seu tempo, a emocionante obra-prima de Charlotte Brontë confrontou os tabus da sociedade vitoriana, ao narrar com maestria a busca apaixonada de sua protagonista por uma vida mais significativa e menos convencional do que a oferecida às mulheres de sua época. Romance mais querido e famoso de Charlotte Brontë, Jane Eyre foi imediatamente reconhecido como obra-prima quando publicado em 1847. A história da órfã de temperamento forte e independente atravessando uma infância sofrida na casa da tia e em Lowood, onde é educada, cativa leitoras e leitores de todas as épocas. Ao romper com o passado em busca de autonomia, Jane emprega-se como governanta e apaixona-se pelo patrão sarcástico, descobrindo assim o amor ― e, com ele, um segredo terrível. Pioneira na forma como constrói sua personagem feminina principal, abordando criticamente questões de gênero, sexualidade, religião e classe, Charlotte Brontë confrontou os tabus da época com este retrato inesquecível da luta de uma mulher por respeito e liberdade em seus próprios termos.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Jane Eyre, lançado pela editora Zahar. O livro é de autoria de Charlotte Bronte
 
Jane Eyre não teve uma infância fácil, ao perder os pais e se tornar órfã a menina precisou ir morar com alguns parentes que não nutriam qualquer amor ou empatia pela jovem; muito pelo contrário, Jane passou por muitos dias difíceis com aquela "família" até ser enviada a um colégio interno para garotas. 


Jane é detentora de muitas habilidades, tudo isso é aliado ao desejo de ser independente, o que causa uma certa estranheza aos costumes da época, onde o padrão aceito pela sociedade eram mulheres que não possuíssem uma ambição aparente. Ao chegar nos primeiros anos da vida adulta, Jane aceita uma oferta de emprego na mansão de Thornfield Hall na função de governanta. 

Com o tempo, Jane vai conhecendo o enigmático proprietário da mansão, o Sr. Edward Rochester, e quando a mulher repara ela se encontra em uma avassaladora paixão pelo homem. Todavia, o sentimento não a cega, Jane parece não compreender muito do homem que a emprega: seu comportamento é estranho, cruel e distante. Jane então permite-se aproximar do homem para descobrir quais segredos ele guarda. 


Para começar, é importante dizer que esse é meu primeiro contato com a escrita de uma das irmãs Bronte, para quem não conhece as quatro irmãs foram responsáveis por produzir um enorme conteúdo literário no século XIX, e a literatura da família Bronte ainda é lida e estudada por milhões de pessoas! Voltando o foco a Charlotte, esse é o meu primeiro contato com ela e posso dizer que me surpreendi muito. 

O motivo da minha surpresa foi porque eu esperava que Jane Eyre fosse um romance no sentido mais puro da palavra, e nada verdade esse livro passeia por diversos gêneros além do romântico! Chamado de "romance de formação", Jane Eyre traz toda a trajetória da protagonista que dá nome ao livro desde a sua infância até seu amadurecimento, além de nos oferecer um retrato daquela época em um prisma único: de uma mulher que não se encaixa aos padrões patriarcais vigentes.



De certa forma, a literatura escrita por Charlotte é revolucionária! Pensar em uma personagem protagonista que exerce primeiramente a racionalidade antes da emoção poderia causar espanto em muitos homens da época, por isso meu mérito pra essa leitura aumenta cada vez mais! Além disso a narrativa flui de uma forma bem mais energética do que eu achei que iria fluir, inclusive com direito a algumas reviravoltas que eu pouco esperava!

Uma mistura de gêneros que evidencia em muito a capacidade de Charlotte em escrever uma boa história com elementos de romance, suspense e amadurecimento de personagens, eu indico e MUITO  esse livro para todas e todos!

Esse é meu primeiro livro da editora Zahar nesse formato edição bolso de luxo e... sério, eu fiquei apaixonado. confesso que tinha um preconceito básico com esse formato de livro pois achava que a fonte da letra era muito pequena, e eu, míope de natureza, teria dificuldade em ler a narrativa. bom... Não tive. a diagramação é excelente e a fonte é de uma tamanho bom, que realmente dá pra ler sem complicações, já o livro é bom de ser manuseado e agora eu estou doido pra começar a colecionar os clássicos da Zahar, até porque todas as edições são em capa dura, com guarda ilustrada e também com diversas artes lindas como capa... Enfim, será esse o início de uma coleção?




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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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