Autor(a): Christine Féret-Fleury
Editora: Valentina
Páginas: 160
Ano de publicação: 2020
Compre através deste link.
"A garota que lê no metrô" As viagens de metrô para o trabalho, típicas da rotina, possibilitam que Juliette observe sempre os mesmos passageiros e os livros que cada um lê. Todos têm suas particularidades, como a idosa que folheia um livro italiano de culinária e sorri diante de algumas receitas ou a garota que lê romances e sempre derrama minúsculas lágrimas quando chega à página 247. "Por que a página 247?", pergunta-se Juliette. Ela observa todos com curiosidade e ternura, como se as leituras e paixões alheias pudessem colorir sua vida tão monótona e previsível. Certo dia, a jovem decide romper com a rotina e usufruir o prazer de percorrer as ruas a pé, observando o formato das nuvens, com o olhar em busca do novo. E esse desvio mudará completamente a sua vida, graças ao iraniano Soliman e sua pequenina filha Zaïde. Todas as citações literárias de "A garota que lê no metrô" são referidas no fim da obra. Assim, o leitor poderá aprofundar-se neste rico universo narrativo.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A garota que lê no metrô lançado pela editora Valentina. O livro é de autoria de Christine Féret-Fleury e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Quem nunca ficou preso na rotina? Pois bem, Juliette enfrenta sempre a mesma viagem de metrô para ir de sua casa ao trabalho e vice-versa. Nesse percurso, a nossa protagonista geralmente procura passatempos para distrair do monótono trajeto, entre eles está prestar atenção nos outros passageiros do metrô e nos que eles e elas lêem durante o tempo gasto ali.
Um ótimo jeito de conhecer alguém está na percepção do que aquela pessoa lê, certo? Juliette então passa a prestar atenção naqueles detalhes, que aos poucos vão compondo um mundo novo diante de si. Até o dia em que ela decide quebrar sua rotina e fazer algo novo, e com a ajuda a literatura irá explorar essa experiência ao máximo!
Ai gente, que livro lindo! Amo essas narrativas que trazem diversos elementos literários e meta-linguísticos em sua escrita, afinal, qual o melhor método de falar sobre literatura do que usando obras literárias?
E é a partir disso que vamos nos aventurando em "A garota que lê no metrô", explora mais do que a literatura, mas também sobre hábitos que temos acerca dos livros e do próprio processo de leitura. Afinal, você daria um livro que amou para algum amigo ou amiga? Como é o seu relacionamento com a parte física dos livros? Eu me peguei pensando em diversos desses pontos durante a leitura.
O livro é curtíssimo e é um daqueles que você consegue ler em uma tarde (dependendo do seu ritmo de leitura, claro), mas o conteúdo que ele traz provoca horas e horas de reflexão e admiração também.
Com uma linguagem simples, extremamente fluída e até mesmo divertida (principalmente por parte da identificação quer muitos podem ter), eu indico fortemente esse livro! Principalmente para aqueles que amam o hábito da leitura!