A TERRA DA LUA PERDIDA
Autor(a): Henrique M. Garcia
Editora: Viseu
Quantos segredos as paredes de um castelo podem guardar? No palácio de Varan, quatro portas guardavam, em seu subsolo, segredos milenares capazes de ressignificar o rumo da humanidade. Em A Terra da Lua Perdida somos levados a conhecer os mistérios e poderes mágicos que circundam os diversos seres que habitam o continente de Lunaria. O iminente despertar da Semente nos leva a conhecer até onde a ambição e a sede de poder podem levar um ser, seja ele mortal ou imortal. Por meio de um enredo fluido e descritivo, conheceremos algumas das incógnitas que assolam os nativos de Lunaria.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A terra da lua perdida, lançado de maneira independente. O livro é de autoria de Henrique M. Garcia e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Um mal adormece no reino de Lunária, e conforme os anos vão passando e gerações de heróis vivem e morrem, esse mal aos poucos desperta. Como uma herança ancestral deixada pelos próprios deuses daquele universo, o povo de Lunaria recebeu quatro pedras detentoras de um poder extremo, essas pedras são chamadas Pedras Anciãs.
Essas poderosas Pedras estão guardadas, escondidas daqueles que possuem más intenções, todavia conforme os anos passam, diversas sociedades de mercenários e seres das trevas, como os da Aliança Negra, tentam ter acesso ao poder que elas resguardam para então assolar o reino de Lunaria com o que seria conhecido como o "despertar da serpente".
E logo no primeiro capítulo de "A terra da Lua Perdida" nós já conhecemos o inescrupuloso Uriel, um guerreiro que ao tentar roubar a Pedra Ancestral Vermelha do subsolo do palácio de Varan, dá início a uma verdadeira guerra que pode trazer o verdadeiro inferno a superfície de Lunaria.
Bom, falei bastante desse livro em um vídeo no instagram do Porão Literário, mas agora que finalizei a leitura de "A terra da lua perdida", de Henrique M. Garcia, posso garantir que essa história é um prato cheio para os fãs de fantasia e de D&D.
Com um enredo bem amarrado que conecta todos os capítulos, gostei muito da forma como o autor traz diversas histórias em diferentes lugares e tempos que acabam se entrelaçando no enredo mitológico do livro. Lunaria é um reino vasto e cheio de criaturas e raças diferentes, o que torna a leitura muito rica, com certeza.
Uma coisa muito boa durante a leitura foi que, por mais que em alguns momentos eu ficasse confuso com a raça de um personagem (dragão, gigante, duende, guerreiros e muitos outros) ou sua relação com o plot em geral, no final do livro existe um glossário que lhe ajuda a entender um pouco mais sobre o complexo sistema de Lunaria.
Além de um sistema rico, os personagens desse livro foram uma das minhas coisas preferidas. Isso porque além de diversos plots políticos sangrentos (como vemos em Game of Thrones, por exemplo), temos uma série de núcleos diferentes - porque os capítulos rondam em grupos diferentes - que complementam em muito pra história! Lembra do Uriel que eu falei antes, pois bem, por ter tido contato com um fragmento da Pedra Ancestral, é incrível ver como a personalidade do personagem vai mudando conforme a narrativa vai acontecendo.
Com um suspense crescente que vai deixando os leitores muito animados pro que vem a seguir (pelo menos foi assim que funcionou comigo), acredito que A terra da lua perdida tem tudo pra ter uma continuação tão envolvente e complexa quanto o primeiro volume! Espero muito que o autor dê alguma pista de uma continuação para essa aventura que realmente surpreende muito e não fica atrás dos grandes livros de alta fantasia que vemos aí no mercado internacional.
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