Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O rei abaixo do sol lançado pela editora Viseu. O livro é de autoria de Aurora Fable e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Kael era um cidadão como qualquer outro de Aurum, principal reino daquele continente, até o dia em que encontrou um pato que... falava. Na verdade, esse pato era nada mais nada menos do que o rei de Aurum, amaldiçoado por uma bruxa e transformado em um pato.
Kael então parte em uma pequena jornada para ajudar o rei a ter a maldição retirada, pedindo ajuda para um mago da região. Após a aventura ter seu êxito, o rei Humberto concede a Kael a honra de participar da guarda real e deixar de ser um mero camponês.
A relação dos dois se desenvolver de maneira rápida, e em pouco tempo Kael é visto como um filho para Humberto, causando a ira do príncipe Tash e da rainha Astíride. O rei, no entanto, está doente.
Em um ato ardiloso, a rainha ordena que Kael parta até o deserto e além para procurar pela Água da Vida, um líquido com propriedades mágicas capaz de curar o rei de qualquer que seja a doença que enfrentada por ele. A viagem, no entanto, não será fácil.
Ao saber que sua mãe enviou o preferido do rei para uma missão que pode salvar o regente de Aurum, Tash fica em fúria. Afinal se Kael for bem sucedido, sua ascensão ao trono pode ser um fato real. Com isso, Tash parte para a mesma aventura de Kael, e caso encontre o rapaz no meio do caminho, violência será cometida.
Gente, que história incrível! A premissa que eu relatei aqui é só o começo de "O rei abaixo do sol", que durante toda a leitura cria personagens incríveis e com muita complexidade. Comecei odiando Tash, mas aos poucos fui entendendo um pouco mais do porquê o menino ser daquele jeito, logo, passei a amar odiá-lo!
Além disso, o reino parece estar repleto de personagens gananciosos, a temática do poder pelo poder é bem trabalhada pela autora! Tanto na rainha Astíride como nas princesas Lirat, Ketania e Miriã. O livro é curtinho, tendo suas duzentas páginas com uma história bem amarrada.
A mitologia deste mundo também é um fator a ser comentado: gostei muito das divindades e de como a autora mescla essas figuras tão poderosas em seus personagens, que acabam sendo extremamente humanos (repletos de qualidades e falhas).
A ideia que fica pro final da narrativa é a do perdão e de como as pessoas podem lutar para serem melhores. O final da história é bem amarrado e fecha muito do ciclo estabelecido para essa primeira narrativa, no entanto, o epílogo nos deixa com um gostinho de quero mais!
Aguardo ansiosamente por novos capítulos desse mundo do qual eu gostei tanto de passar algumas horas!