A MORTE É UM NEGÓCIO SOLITÁRIO

 

Autor(a):  Ray Bradbury

Editora: Alt

Páginas: 384

Ano de publicação: 2022

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Conhecido por ser um autor que se utiliza do gênero fantástico para tornar nossos fantasmas mais reais, Ray Bradbury deixou legados literários maravilhosos como Fahrenheit 451 e As crônicas marcianas. Com a mesma escrita elegante, A morte é um negócio solitário nos envolve em uma clássica história noir, repleta de crimes e mistérios, com um ar bastante nostálgico e com personagens que acabam enfrentando os cantos mais obscuros de suas próprias vidas e personalidades.Entre as palmeiras e os bangalôs decadentes de Venice, Califórnia, um jovem escritor cria histórias fantásticas à máquina de escrever. Evitando sentir falta de sua namorada, que está estudando fora do país, o escritor trabalha constantemente seu esforço literário, até que coisas estranhas começam a acontecer ao seu redor.Uma série de ligações peculiares, algas marinhas deixadas repentinamente em sua porta, entre tantos outros incidentes. E, à medida que eles aumentam, seus amigos vão sendo vítimas de uma série de acidentes misteriosos – alguns deles fatais. Ajudado por um detetive experiente e por uma atriz decadente, o escritor se propõe a encontrar uma conexão entre os eventos bizarros ao seu redor e, ao fazê-lo, descobre a verdade sobre sua própria vida e suas habilidades criativas.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A morte é um negócio solitário lançado de pela editora Biblioteca Azul. O livro é de autoria de Ray Bradbury e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 

"A Morte é um Negócio Solitário" é um romance policial do escritor americano Ray Bradbury. Publicado em 1985, é uma história sombria e misteriosa que se passa em uma pequena cidade americana durante o Dia das Bruxas nos Estados Unidos. 

O livro começa quando um velho caçador de ratos chamado Elmo Crumley começa a notar um cheiro estranho em seu caminho diário pela cidade. Ao investigar, ele descobre que um corpo foi despejado no cemitério local, e que mais mortes seguirão. A cidade então é tomada por uma série de assassinatos brutais e a investigação fica a cargo do detetive particular Jim Kauffman.

 Bradbury constrói habilmente um enredo que exala um ar de enigma e apreensão, completo com personagens excêntricos e, confesso, bem divertidos. Amo um suspense excêntrico do qual não prepara o leitor para o que vem a seguir.  Ele cria habilmente uma atmosfera de tensão implacável, e me deixou com a sensação de que há algo ameaçador à espreita nas sombras da cidade.  Paralelamente, o autor mergulha profunda e pungentemente em temas de solidão e mortalidade.

O protagonista, Jim Kaufman, é um detetive interessante e complexo com um passado assombroso e traumas a superar. Ele se torna um "herói relutante" na história enquanto tenta descobrir a verdade sobre o assassinato e lidar com seus próprios demônios interiores.

Em suma, A morte é um negócio solitário é um livro sombrio, misterioso e comovente que explora temas profundos enquanto mantém os leitores presos até que o assassino seja revelado. Com sua escrita poética e fascinante, Ray Bradbury conseguiu criar uma história que é ao mesmo tempo suspense emocionante e reflexão sobre a vida e a morte.

Com certeza é o livro mais diferente que eu já li do autor — e isso é um grande potencial, até mesmo para quem nunca leu nada dele e tem um pouco de medo de começar pela sua obra-prima, Fahrenheit 451