RESENHA: BRAVATERRA E A GEMA DE ANHANGÁ

 

Organizadores:  Danilo Lima

Editora: Insígnia

Páginas: 204

Ano de publicação: 2023

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Após sair do interior do Paraná e se mudar para São Paulo, com muita dificuldade para se adaptar à sua nova vida, o garoto Kaio Martins encontra um jogo de tabuleiro antigo em uma das caixas perdidas da mudança. O jogo desperta uma antiga magia, levando-o para um mundo diferente chamado Bravaterra. Kaio — acompanhado de Yara, uma jovem amazona, e Luca, um simpático menino criado por duendes — parte em busca da feiticeira da floresta, Cassandra, para ajudá-lo. E ele descobre que apenas retornará para seu mundo se usar o poder da Gema do Anhangá, ser encantado da Mitologia Tupi. Só que, para isso, terá que lidar com os gananciosos homens da cidade que ameaçam invadir a floresta mágica atrás das suas riquezas e com as criaturas misteriosas do folclore brasileiro que surgem em seu caminho.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Bravaterra e a gema do Anhangá lançado pela editora Insígnia. O livro é de autoria de Danilo Lima e a resenha foi escrita por Leonardo Santos

Começamos a história de Bravaterra conhecendo Kaio Martins, um garoto comum que desfruta da tranquila vida no interior do Paraná, onde brincar com os amigos e explorar as belezas naturais são suas atividades preferidas. No entanto, sua vida sofre uma drástica reviravolta quando sua mãe perde o emprego e a família é forçada a deixar sua cidade natal para se estabelecer na agitada São Paulo. Longe dos amigos e do ambiente familiar, Kaio se sente deslocado e solitário.

Mas a vida do menino muda mesmo quando ele encontra um misterioso jogo de tabuleiro chamado "Bravaterra" enquanto desempacota suas coisas na nova casa. Intrigado, ele decide dar uma chance ao jogo, sem imaginar as incríveis consequências que isso acarretaria. Assim que ele começa a jogar, é transportado para um mundo totalmente novo e deslumbrante, Bravaterra. O jogo se torna realidade, e Kaio se vê mergulhado em uma terra cheia de magia e perigos.

A partir desse momento, Kaio forma uma equipe improvável com Yara, uma destemida jovem amazona que está em uma missão para se provar para seu povo o; e Luca, um simpático garoto que foi criado por duendes e que se vê em uma dívida eterna com eles.

Juntos, eles partem em uma jornada emocionante, com o objetivo de encontrar a feiticeira da floresta, Cassandra, que talvez possa ajudá-los a desvendar o segredo para o retorno de Kaio ao seu mundo de origem.

Entretanto, o caminho deles está repleto de desafios e perigos. Criaturas fascinantes do folclore brasileiro, como a cuca e o boitatá, surgem em seu caminho, gigantes, cobras com olhos de fogo e muitas coisas que habitam Bravaterra. 

Gente, que história deliciosa! Me senti criança novamente me maravilhando com histórias como Zathura e Jumanji lendo esse livro, e o melhor: essa história conta com tantos elementos da nossa cultura que é impossível não se apaixonar pelo trio de protagonistas e todos os cenários de Bravaterra que eles visitam! 

O autor consegue entrelaçar o rico folclore brasileiro com elementos de fantasia, criando uma experiência literária maravilhosa e cheia de referências! Feiticeiras, bruxas, gigantes e duendes coexistem com personagens icônicos da cultura popular brasileira, enriquecendo profundamente a narrativa e proporcionando a nós uma imersão cultural cativante.

Além disso, a escrita de Danilo Lima é excepcionalmente leve e fluida, tornando a leitura acessível e envolvente para todas as idades. A capacidade do autor de criar um mundo mágico tão vívido e personagens cativantes é notável, em suas duzentas páginas eu mal senti o tempo passar! E o livro tem um final super fechadinho! Por mais que eu esteja super animado para voltar para Bravaterra em outra aventura, amei o fato de termos uma finalização já nesse livro. 

O livro conta com ilustrações maravilhosas e que complementam muito nossa experiência de leitura! Enfim, Bravaterra é uma leitura que encanta, educa e cativa, tornando-se uma adição valiosa à literatura infantojuvenil nacional.