Organizadores: Florestan Fernandes
Editora: Contracorrente
Páginas: 1000
Ano de publicação: 2023
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A EDITORA CONTRACORRENTE tem a honra de anunciar a reedição do clássico A INTEGRAÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES, segundo título da coleção Florestan Fernandes, coordenada pelo professor Bernardo Ricupero. O prefácio da nova edição é assinado pelos professores Mário A. Medeiros da Silva e Antonio Brasil Jr., o posfácio é uma entrevista com a professora Maria Arminda do Nascimento Arruda e o texto de quarta capa é do professor Silvio Almeida.Este livro foi originalmente a tese de cátedra de Florestan Fernandes, defendida em 1964, cuja marcante atualidade pode ser exemplificada pela advertência, feita ao final do estudo, a respeito das consequências de não se realizar a efetiva integração do negro: “não teremos uma democracia racial e, tampouco, uma democracia”.Nas palavras do professor Bernardo Ricupero, esta obra “é a culminação de um programa de pesquisa que o autor e seus assistentes levaram à frente na cadeira de Sociologia I da USP”.Em suma, um clássico do pensamento social brasileiro que retorna ao debate público em um momento crucial da luta antirracista em nosso país.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A integração do negro na sociedade de classes lançado pela editora Contracorrente. O livro é de autoria de Florestan Fernandes e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
"A Integração do Negro na Sociedade de Classes" é uma obra seminal da sociologia brasileira, escrita por Florestan Fernandes, um dos mais renomados sociólogos e intelectuais do Brasil. A importância deste livro transcende seu conteúdo acadêmico, pois também é uma janela para a trajetória e o compromisso de Florestan Fernandes com a justiça social e a igualdade racial.
Florestan Fernandes, nascido em 1920 em São Paulo, teve uma vida marcada por desafios e conquistas. Ele cresceu em uma família de origem humilde e enfrentou obstáculos financeiros para obter sua educação superior. No entanto, sua determinação e paixão pelo conhecimento o levaram a superar essas barreiras e a se tornar um dos intelectuais mais influentes do Brasil.
Sua trajetória acadêmica o levou a se tornar professor na Universidade de São Paulo (USP), onde exerceu um papel fundamental na formação de futuros sociólogos e cientistas sociais. Foi lá que ele conduziu a pesquisa que culminaria na obra "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", originalmente sua tese de cátedra, defendida em 1964.
O livro é um testemunho da dedicação de Florestan Fernandes à causa da igualdade racial e da justiça social no Brasil. Ele mergulha profundamente nas questões das relações raciais, da discriminação e das barreiras sociais que impedem a plena integração dos negros na sociedade brasileira. O autor não apenas apresenta análises rigorosas e dados empíricos, mas também compartilha uma visão humanista e progressista que busca a transformação da sociedade.
Um dos aspectos notáveis do livro é a sua atualidade, mesmo décadas após a sua publicação inicial. A advertência de Florestan Fernandes sobre as consequências de não se realizar a efetiva integração do negro - a ausência de uma democracia racial e a ameaça à própria democracia - permanece relevante e oportuna.
Além disso, a reedição da obra pela Editora Contracorrente, com prefácio assinado pelos professores Mário A. Medeiros da Silva e Antonio Brasil Jr., posfácio em forma de entrevista com a professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, e o texto de quarta capa do professor Silvio Almeida, ressalta a importância contínua deste livro na luta antirracista no Brasil.
"A Integração do Negro na Sociedade de Classes" é um testemunho do compromisso de Florestan Fernandes com a justiça social e racial. Sua vida e trabalho são inspiradores, e o livro continua sendo uma fonte valiosa de conhecimento e reflexão para todos aqueles que buscam uma sociedade mais justa e igualitária. A reedição desta obra é uma oportunidade para uma nova geração de leitores se engajar com as ideias e a visão de Florestan Fernandes.