RESENHA: MESTRE DOS DJINNS

 

Organizadores: P. Djèlí Clark

Editora: Suma

Páginas: 351

Ano de publicação: 2023

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Cairo, 1912. Fatma el-Sha’arawi é a mais jovem mulher a trabalhar para o Ministério de Alquimia, Encantamentos e Entidades Sobrenaturais. Mas ela certamente não é nenhuma novata, ainda mais depois de ter impedido a destruição do universo no último verão.Após um assassinato envolvendo os membros da Sociedade Hermética de Al-Jahiz, irmandade secreta dedicada ao homem mais famoso da história, a agente é convocada para investigar o caso. Quarenta anos antes, al-Jahiz abriu o véu que isolava o mundo mágico ― trazendo os djinns, ou gênios, para a realidade humana ― e desapareceu sem deixar vestígios. Agora, o assassino alega ser o próprio al-Jahiz, que voltou para punir a sociedade moderna por suas injustiças sociais.Na companhia de Hadia, sua nova assistente, e de Siti, sua namorada e devota dos antigos deuses egípcios, Fatma precisará desvendar a identidade do impostor ― se é que ele é mesmo um impostor ― para reestabelecer a paz.

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Mestre dos djinns lançado pela editora Suma. O livro é de autoria de P. Djèlí Clarke a resenha foi escrita por Leonardo Santos.

Cairo, 1912. O calor abrasador envolvia as ruas poeirentas da cidade enquanto Fatma el-Sha’arawi, a mais jovem mulher a integrar o Ministério de Alquimia, Encantamentos e Entidades Sobrenaturais, caminhava pelas vielas em direção ao seu escritório. Ela não era uma novata, longe disso. No último verão, havia evitado a destruição do universo, e sua reputação a precedia.

Um assassinato de um dos membros da irmandade acaba abalando a estrutura local. Diante disso,  Fatma foi convocada para investigar o caso. Ao seu lado, tinha Hadia, sua nova assistente, uma jovem talentosa e curiosa. E, claro, Siti, sua namorada e devota dos antigos deuses egípcios.

O assassino, ousadamente, afirma ser o próprio al-Jahiz, figura essa que a quarenta anos foi responsável por abrir o véu que separava a realidade humana da realidade mágica. Agora, ele supostamente ressurgiu para punir a sociedade moderna por suas injustiças.

Além de trazer diversos elementos da mitologia egípcia, eu fui levado a ler "Mestre dos djinns" porque o romance simplesmente foi vencedor do prêmio Nebula em 2021 e Locus em 2022. Além de ter sido indicado ao Hugo Awards, que é uma das maiores premiações voltadas para livros de ficção e fantasia! Bem, P. Djélí Clark realmente nos oferece um mundo vasto em complexo em suas 350 páginas, e eu amei cada detalhe dele. 

Eu simplesmente amei me aventurar nesse Egito mágico que as páginas desse livro expurgam para a nossa mente. A construção desse esquema de magia é simplesmente fantástico! Fico triste por esse ser um livro único, porque gostaria muito de voltar para esse universo em uma provável continuação. Mas para quem leu e também amou, ouvi falar que existe um conto extra que traz a nossa protagonista Fatma! 

Falando na Fatma, ela é uma personagem que quebra completamente o padrão da sociedade que a cerca. Temas como machismo, queerfobia e misoginia são explorados de forma brilhante pelo autor em toda a história, isso se une ao arcos fantástico e dá mais consistência. 

Enfim, como eu já disse, o mundo é extremamente fantástico! Nasnas, ghouls, anjos e diversas entidades aparecem nas páginas desse livro. Estou fascinado por todo esse universo e queria muito voltar para ele de alguma forma!