Organizadores: Alice Walker
Editora: José Olympio
Páginas: 336
Ano de publicação: 2024
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Alguns dos personagens mais marcantes da literatura norte-americana recente estão neste livro – ganhador do Pulitzer e do American Book Award –, que inspirou a obra-prima cinematográfica homônima dirigida por Steven Spielberg e o aclamado musical da Broadway, adaptado para o cinema.A cor púrpura, ambientado no Sul dos Estados Unidos, entre os anos 1900 e 1940, conta a história de Celie, mulher negra, pobre e semianalfabeta. Brutalizada desde a infância, a jovem foi estuprada pelo padrasto e forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como uma serviçal e fazia dos sofrimentos físicos e morais sua rotina.Durante trinta anos, Celie escreve cartas para Deus e para a irmã Nettie, missionária na África. Os textos têm uma linguagem peculiar, que assume cadência e ritmo próprios à medida que Celie cresce e passa a reunir experiências, amores e amigos. Entre eles está a inesquecível Shug Avery, cantora de jazz e amante de Albert.
Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A cor púrpura lançado pela José Olympio. O livro é de autoria de Alice Walker e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.
Em "A Cor Púrpura" nós acompanhamos a história narrada por Celie, uma mulher negra que vive em uma realidade de opressão, abuso e discriminação. A forma como conhecemos mais sobre Celie, no entanto, foi o que mais me surpreendeu: A narrativa se desenvolve por meio de cartas escritas por Celie para Deus,
A história se passa no Sul dos Estados Unidos, abrangendo o período entre os anos 1900 e 1940. Celie, uma mulher negra, pobre e semianalfabeta, enfrenta uma vida de brutalidade desde a infância. Ela é estuprada pelo padrasto e posteriormente forçada a se casar com Albert, um viúvo violento com quatro filhos, que a trata como uma serva e perpetua os abusos físicos e morais.
Ao longo de trinta anos, Celie expressa suas experiências, dores e reflexões através de cartas endereçadas a Deus e à sua irmã Nettie, uma missionária na África. A história cresce conforme Celie amadurece, revelando seus amores, amizades e os desafios que enfrenta. Um dos personagens notáveis é Shug Avery, uma cantora de jazz e amante de Albert, que desempenha um grande papel na vida de Celie.
Conforme eu já disse, o modelo de cartas me assustou em primeiro momento, mas talvez tenha sido isso que tornou minha experiência com essa história tão singular e tão impactante. Sim, "A Cor Púrpura" aborda temas como racismo, sexismo, abuso e superação, mas traz um retrato feminino que vai além dessas questões! E é tudo escrito de uma forma tão potente, tão sensível e tão poética... Juro, é um livro que é capaz de mexer com a gente.
"A Cor Púrpura" não apenas denuncia as injustiças sociais, mas também revela a força resiliente da protagonista em sua busca por identidade e liberdade. Walker utiliza uma linguagem vívida e autêntica para explorar questões universais de amor, redenção e empoderamento feminino — e talvez seja isso que torne a obra tão relevante, mesmo depois de tanto tempo lançado.
Além disso, o livro conquistou o Prêmio Pulitzer de Ficção em 1983, solidificando seu lugar como uma obra seminal. Sabemos que prêmios são importantes, mas o que mais vale é a forma como essa história inspirou (e continua a inspirar) autoras e autores que querem fazer retratos de suas realidades e suas existências de uma forma que faça sua voz ser ampliada através das palavras.