5 de abril de 2024

RESENHA: O PORTÃO DO INFERNO




Organizadores: J. R. N. Ferreira  
Editora: Entrelinhas
Páginas: 304
Ano de publicação: 2021
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Inspirado em fatos, personagens e lugares reais, este livro apresenta um thriller de terror e suspense em sua máxima potência, com estórias escabrosas. Casos, mitos ou histórias antigas, cujas origens se perderam no tempo, também se constituíram em fontes para o autor em seu processo de invenção. É oportuno avisar que depois de começar a ler a sensação é de estar diante de uma série de streaming perturbadoramente atrativa, e será muito difícil parar. Nestas páginas, os vilões Jorge e Lucinda se miram na figura e nos métodos de Hitler visando "limpar a humanidade" ao torturar e matar viciados, negros, prostitutas, homossexuais, moradores de rua, com o firme objetivo de livrar, assim, as ruas de sua amada cidade (Cuiabá) deles e delas. A trama repleta de situações perturbadoras não segue uma cronologia linear. Vai e volta no tempo, entre as décadas de 1940 e os dias atuais, dando a impressão de mergulho em dimensões paralelas. Uma personagem (Amélia, a protagonista) fará a ligação entre as duas épocas. Ela é a única testemunha viva de todos os horrores cometidos pelo casal de assassinos da década de 1940, além de vítima. A ajuda para resolver a trama chegará pelas mãos de uma visitante inesperada.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro O Portão do Inferno: Casos arquivados lançado pela editora Entrelinhas. O livro é de autoria de J. R. N. Ferreira e a resenha foi escrita por Leonardo Santos. 



Duas datas, diversos assassinatos. Em "O portão do inferno" nós acompanhamos Amélia em sua jornada por justiça. Amélia era apenas uma jovem quando cruzou o caminho de Jorge e Lucinda Porto, um casal que assombrava Cuiabá nas décadas de 1940, matando e torturando. Naquela época, a cidade estava mergulhada em em violência e desaparecimentos suspeitos por toda a parte.

O casal Porto, inspirado nos métodos de nazistas, tinham o objetivo nefasto de "limpar a humanidade", como eles diziam, eliminando todos aqueles que consideravam impuros. Amélia viu de perto o horror que eles infligiram, ela própria foi vítima de suas atrocidades. Ao contrário de muitos, no entanto, ela conseguiu escapar. 


Os anos se passaram, mas as memórias dos horrores que testemunhou ainda a assombravam. Testemunha viva dos crimes hediondos cometidos por Jorge e Lucinda. Por décadas, ela guardou consigo o peso dessas lembranças sombrias, esperando que um dia pudesse trazer justiça. 

A oportunidade perfeita aparece em 2014, quando Ana Lúcia saí do Rio de Janeiro e compra uma casa em Cuiabá. Vizinha de Amélia e Dolores, talvez Ana seja a última esperança que Amélia tem de expor todos os horrores cometidos pelo casal Porto e por seu, agora, filho adotivo Hélio.  
Amélia, agora uma mulher de idade avançada, vê-se mais uma vez envolvida nos mistérios que assombraram sua juventude. E enquanto os segredos começam a ser revelados, ela se vê confrontando não apenas os fantasmas do passado, mas também os demônios que ainda assombram sua cidade natal.


Gente... Que história doida! Antes de tudo, é importante falar que essa história conta com cenas de tortura que podem ser bem chocantes para leitores mais sensíveis. Jeff Ferreira (o autor) não pega leve mesmo! Em muitos momentos eu fiquei extremamente agoniado.

A trama não segue uma cronologia linear, ela salta entre as décadas de 1940 e os dias atuais entre todos os capítulos; isso acaba funcionando muito bem, pois nos ambienta em todas as atrocidades cometidas pelo casal e também nos coloca Amélia como uma protagonista forte!


Gosto como o autor brinca com o sobrenatural colocando Amélia como uma pessoa com clarividência, muito disso é espelhado na Ana Lúcia, inclusive, é bem legal ver como essa personagem entra na história e acaba sendo uma peça fundamental para que a narrativa continue a evoluir. Já que é ela que fica encarregada de procurar por provas que coloque a família Porto na cadeia. 

Como já disse, essa leitura é super visceral e tem momentos de pura tensão, tive sentimentos parecidos lendo "Bom Dia, Verônica" e "Misery: Louca Obsessão", em todas essas histórias a tensão vai crescendo e vamos acompanhando várias cenas terríveis de tortura psicológica e (às vezes) físicas. 


No geral eu acabei gostando muito da história, ela tem o tamanho certo para não se tornar enfadonha e tem diversos momentos de embrulhar o estômago! A edição publicada pela editora Entrelinhas está muito bonita, gostei muito da diagramação, gramatura do papel e detalhes as ilustrações da capa e contracapa! Fica a indicação para quem quer um bom suspense. 




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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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