Dois de agosto tinha tudo para ser mais um dia de rotina na vida de Arne, Kathrine, Emil, Iselin, Solveig, Jostein, Turid e Egil; isso se não fosse pela enorme estrela vermelha que apareceu no céu norueguês, e é durante esse tempo de um dia que grande parte da história se passa, conforme acompanhamos as vivências e experiências desses personagens.
Arne está em férias tumultuadas com sua família no sul da Noruega, enquanto Kathrine, uma pastora, é frequentemente abordada por um estranho que a faz questionar seu casamento e suas crenças religiosas. Emil, após o ensaio de sua banda, comete um erro que o persegue durante a noite. Iselin, passa a se perguntar a respeito de seus relacionamentos.
Solveig, uma enfermeira dedicada, se preocupa com seus pacientes e suas famílias, levando-nos a refletir sobre a vida e a morte. Jostein, um jornalista desiludido, critica severamente artistas enquanto sua vida pessoal e profissional é um caos. Turid, esposa de Jostein, é cuidadora em um asilo, e sua vida se complica quando ela se descuida. Egil, um homem complexo que toca em assuntos ainda mais complexos em sua narrativa.
Ok, esse foi meu primeiro contato com a escrita do autor norueguês que ficou bem famoso no campo literário por sua série autobiográfica "Minha Luta" e, sinceramente, não sei se esse foi o livro ideal para começar a assimilar a escrita do autor.
Estrela da Manhã é fluído, por mais que seja um livro grande, com aproximadamente 650 páginas, a escrita do autor não é densa ou muito complicada, mas isso não quer dizer que a obra seja superficial: muito pelo contrário.
Knausgård fala sobre uma gama tão ampla de assuntos que seria impossível descrevê-los aqui, mas a peça chave para entender todos esses personagens é: Todos passam por uma determinada crise existencial e o reflexo disso pode ser maximizado por conta da esfera fantástica que toma conta do céu: a estrela da manhã.
Não consegui criar pontes com a obra, no entanto, por conta de seu suposto "marasmo", sei que a rotina dos personagens é elemento fundamental para entendermos um pouco mais sobre suas motivações e pensamentos mais abstratos, mas talvez a falta de um clímax mais intenso tenha me afastado da leitura (que sim, demorei muito para fazer e mal cheguei a concluí-la).
Por fim, talvez apenas não estivesse no momento para ler esse calhamaço, provavelmente tentarei finalizá-lo depois, quando estiver no clima para esse tipo de leitura!