3 de junho de 2024

RESENHA: KALLOCAÍNA




Organizadores:  Karin Boye
Editora: Aleph
Páginas: 264
Ano de publicação: 2023
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Nesta atmosfera asfixiante,acompanhamos um cientista partidário de um Estado totalitário, que desenvolve uma droga que força quem a toma a revelar pensamentos e até vontades inconscientes. O Estado mundial criado por Boye é familiar à sociedade permanentemente tensionada que George Orwell descreveu em 1984. Há muitas semelhanças entre as duas histórias: a vigilância contínua dos cidadãos pelo Estado; a ausência de arte; a constância dos duplos; uma fraternidade, clandestina e paralela ao regime estabelecido; a existência de um mundo selvagem, não organizado, e por isso mesmo desejável; a desconfiança entre os homens como fundamento do Estado.Obra distópica original e complexa, escrita por uma mulher que viveu a Segunda Guerra Mundial na Alemanha e na União Soviética, Kallocaína é um alerta sobre o totalitarismo e a importância de resistir. Responsável por acender um acalorado debate na Europa, este clássico é parte indispensável de qualquer biblioteca.

 

Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro Kallocaína lançado pela Aleph. O livro é de autoria de Karin Boye e a resenha foi escrita por Leonardo Santos.  

Publicado em 1940, Kallocaína apresenta uma visão sombria de um futuro totalitário onde o Estado exerce controle absoluto sobre a vida dos cidadãos. É nesse cenário que conhecemos Leo Kall, um químico que trabalha para o regime e desenvolve a droga que leva o nome desse livro! 

Leo, inicialmente, vê sua invenção como uma ferramenta crucial para garantir a segurança do Estado, pois a Kallocaína tem o poder de fazer as pessoas confessarem seus pensamentos mais íntimos. No entanto, à medida que a droga é testada e suas verdadeiras consequências são reveladas, Leo começa a questionar o regime que tanto serviu.

A ideia que o regime passa é a de não distinção entre todos os cidadãos, além de que precisam seguir em um sistema que exige lealdade absoluta, e qualquer sinal de deslealdade é punido com severidade. Leo é o modelo de pessoa permissiva que acata todos os ideais daquela nação até o momento em que percebe que a arma que criou pode ser perigosa demais. 

Totalitarismo, privacidade, liberdade, ética científica e humanidade são explorados nessa distopia que antecedeu o famoso 1984, de George Orwell. Li Orwell há muuuitos anos atrás e agora é muito bom ler o livro que serviu de repertório para o autor. Kallocaína realmente tece uma crítica contundente aos regimes totalitários e à repressão política, enquanto examina as implicações morais e éticas do uso da ciência para o controle social.

Seu começo, no entanto, é um tanto cansativo de se ler. Talvez porque demora muuuito para a história engatar e apresentar alguma alavancada no clímax. Confesso que foi meio penoso passar do primeiro terço, mas confia que vale a pena!  

 

 


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Leonardo Santos



Olá leitories! Meu nome é Leonardo Santos, tenho 28 anos, sou de São Paulo mas atualmente estou em Guarulhos cursando Letras! Minha paixão pela leitura começou desde muito cedo, e é um prazer compartilhar minhas leituras e experiência com vocês!

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