Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês três motivos para ler Grãos de Poeira Sobre os Anjos Encarnados, de Edilberto Celestino.
Na primeira parte deste romance, conheceremos o menino que via anjos desde o seu nascimento. Adolescente, ele se apaixona por um anjo encarnado, que, correspondendo à sua paixão, o envolve com graça e beleza, próprias do anjo, levando-o ao salto que mudaria completamente as suas vidas. De raças e classes sociais distintas, eles se permitem viver um amor intenso, absolutamente avassalador. Qual o impacto desse amor na sociedade e como reagiriam as suas famílias à ousadia do relacionamento dos rapazes? Conflitos sociais, raciais, religiosos, hipocrisia e humor, na cidade de São Paulo, no início da década de 1980. Seria possível ver anjos, não acreditando em milagres? Qual missão designaria um anjo à vida de Pedro Miguel? Um anjo encarnado tinha uma vida curta, dado o propósito de realizar uma missão recebida, cumpri-la e retirar-se da Terra, como acreditam alguns? Gabriel, o anjo, via graça em tantas dúvidas e certezas do seu amado. Adorava ser chamado assim, e o amor entre os dois os fortalecia, inspirava. Nunca afirmava ser um anjo, mas também não negava. Pedro Miguel, desde a primeira vez em que o vira, não teve dúvida alguma e tanto amava como era amado por um anjo. Gabriel teria um propósito, e, terminada a sua missão, se retiraria da Terra?
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1. Exploração de Temas Sociais e Culturais
O livro aborda preconceitos, conflitos sociais e conservadorismo religioso na São Paulo da década de 1980. Essas questões enriquecem a narrativa e ampliam uma reflexão profunda sobre a sociedade da época e os desafios enfrentados por aqueles que vivem fora dos padrões estabelecidos.
2. Personagens Profundos e Relacionamentos Autênticos
O relacionamento entre Pedro Miguel e Gabriel é descrito de forma delicada e sutil, destacando as diferenças de raça e classe social. A interação dos personagens com suas famílias, especialmente como as mães reagem ao relacionamento dos filhos, acrescenta camadas de complexidade e autenticidade à história.
3. Escrita Poética
A escrita de Edilberto Celestino é descrita como quase poética, especialmente nos diálogos entre Pedro Miguel e Gabriel. A fluidez da narrativa e a profundidade emocional tornam a leitura envolvente e prazerosa, mantendo o leitor cativado até o fim das 160 páginas.