Olá pessoal do Porão Literário! Hoje vou compartilhar com vocês uma entrevista feita com J. C. Bernardo, autor de Da queda a ascensão.
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Eu queria que a personagem principal tivesse um passado obscuro, que tivesse vivido dentro do mundo do mal, para que entendesse como ele se organizava e sentisse a essência do mal, como um deles e não como alguém de fora. Por isso tive que criar a Escuridão com uma personalidade bem marcada, para guiar Vaan pelo Submundo. Com isto quando ele decide voltar a ajudar o mundo terrestre torna uma traição muito pessoal para a rainha que foi quem o criou.
2. O que te inspirou a criar as diferentes espécies terrestres, como os Dudanos, Ambianos, Humanos e Lusitanos?
Eu sempre gostei muito de histórias medievais que tinham várias espécies, uma delas é o Senhor dos Aneis, onde eu peguei a inspiração principal para os Ambianos e Dudanos. Os Lusitanos vieram do meu fascínios pela lenda da Atlântida e toda a cultura que existia. A parte dificil de criar é que você quer que sejam distintos, mas que não percam os traços originais. Os Ambianos derivam dos elfos e eu não queria que perdessem as orelhas pontiagudas e toda aquela essência de Natureza que eles transmitiam, por isso tive que adaptar e puxar pelos neurônios para criar algo diferente mas sem perder a identidade original que eu queria para eles.
3. O livro começa com um embate decisivo entre Vaan e a Escuridão. Qual foi o motivo para escolher iniciar a história nesse ponto crítico?
Quando comecei a escrever a historia, ela não tinha inicio nesse ponto critico. Ela começava ainda quando Vaan era apenas uma criança, mas com o tempo decidi que seria melhor começar a história a meio, no preciso momento em que a personagem principal tem que fazer uma escolha muito difícil e que o vai fazer embarcar numa jornada intensa que se vai estender por 3 volumes. Mas começar o livro nesse ponto permite deixar pontas soltas para caso queira criar uma trilogia, posso pegar no antes e contar como tudo aconteceu até aquele ponto. Muito à semelhança de Star Wars (super fã).
4. A jornada de Vaan traz à tona temas de bem e mal. Como você equilibra esses conceitos para que nenhum dos lados pareça estereotipado?
Esse tema sempre me interessou muito, desde jovem. Acho que a linha que separa o bem e o mal não é tão palpável como muitas vezes falam ser. Seria ótimo que houvesse uma linha bem delimitada que separasse esses dois mundo, mas na realidade quando olhamos de uma maneira profunda para a questão percebemos que muitas vezes não existe essa linha e que é algo que está ligado um ao outro. Que tudo o que existe tem essas duas essências e que é preciso fazer uma escolha e que nós temos sempre essa oportunidade, por muito dificil que seja admitir isso. É isso que tento mostrar com essa dualidade entre o bem e o mal, como também trazer um herói atípico, que faz escolhas erradas, que tem um passado sombrio e que tem duvidas se ele será capaz daquilo que o mundo exige dele.
O próximo livro será mais intenso que o primeiro, irá ser introduzido novas personagens e darei a conhecer a espécie Lusitana. Algumas personagens irão ganhar um destaque neste segundo volume e do meio para o fim ele foi feito para deixar o coração do leitor na mão, principalmente os capítulos finais. Mas a jornada do Vaan vai seguir, com segredos a serem revelados que influenciaram como ele irá agir na história.
Onde reina a pazO mal se escondeOnde ninguém se preocupaO mal cresceE onde se esquece de quem somosO mal nos dominaE é aí que o heróiVira um traidorE cai do seu tronoOnde havia louvorAgora há julgamento e críticaO que se faz a um traidor?Exila-se do mundoSerá Vaan capaz de retornar deste caminho?