Em tempos antigos em Saraiva, um lugar batizado em homenagem à esposa e filha do futuro rei Safath, a paz foi destruída por uma batalha no bosque, conhecida como a Guerra de Saraiva. O conflito trouxe desespero e sofrimento: vidas foram ceifadas, alguns fugiram para só retornar quando a guerra terminou, e outros fizeram escolhas que os marcariam para sempre.
Em "O reino", nós conhecemos Saraiva antes mesmo do reinado de Safath. Antes, um inverno intenso tomou conta de tudo; com isso, as colheitas sofreram e muitas pessoas morreram. Safath, até então sem aspiração ao trono, sofre com a perda e promete liderar o reino com bondade e sabedoria, crente de que dias melhores viriam.
Anos se passaram e tudo está bem, isso até com que durante uma colheita, uma jovem chamada Liz acaba vendo um estranho reflexo. Esse é apenas o ponta pé inicial para uma série de acontecimentos estranhos que tomarão Saraiva, com eles o prelúdio de uma guerra que terá consequências severas.
Ao mesmo tempo em que o inevitável toma conta, a população de Saraiva acaba presenciando um evento lindo e de pura esperança quando Yelena, um espírito benigno, aparece. No entanto, em meio a tantos caos, será que ela conseguirá vencer a estranha sombra que ameaça cobrir Saraiva?
Bom, eu fiz a leitura desse livro em um dia. A escrita de Edymar talvez seja um dos fatores que mais contribuíram para que eu pudesse devorar essa história, pois ela é leve e super divertida!
Em "O Reino: Tudo o que é bom perpetua na eternidade" nós temos a famosa luta entre o bem e mal em uma história que parece muito ser um conto de fadas mais estruturado. O reino de Saraiva realmente é fantástico, onde criaturas como sereias e elfos habitam em uma suposta paz. Gosto muito de fantasia (é um dos meus gêneros preferidos) e por isso consegui apreciar a forma como Edymar constrói essa história — e acho que vocês também irão gostar.
Além do rei, temos diversos outros personagens que compõem toda a tensão a história: O guarda-real e amigo do rei Hathos, uma coruja sábia da floresta chamada Agár, uma figura misteriosa chamada Adiél... Eu amei o fato dos personagens serem muito bem utilizados durante o desenvolvimento dessa primeira parte da história, e ah, eles são poucos! O que torna tudo muito mais fácil de lembrar.
Além disso, o livro é curtinho, com cerca de cem páginas. Acredito que nesse primeiro volume o autor queria estabelecer o tom para sua próxima história (que pelo visto vem aí em breve), e acredito que ele tenha feito isso muito bem! Portanto, fica minha indicação para quem quer uma fantasia leve e com vários elementos que nós, fãs do gênero, amamos muito!